Ocemg lança Dia C: atitudes simples que movem o mundo

A reunião repleta de significados, depois de dois anos sem eventos presenciais, foi marcada por uma grande alegria para o lançamento do Dia de Cooperar 2022, ontem (12), no Hotel Ouro Minas, na região Nordeste. A data oficial é dia 3 de julho, mas segundo os envolvidos, o Dia C – o Dia de Cooperar – é todo dia. A ideia, surgida dentro do Sistema Ocemg (formado pelo Sindicato e Organização das Cooperativas do Estado de Minas Gerais (Ocemg), tem 13 anos e já se espalhou pelo Brasil.

De acordo com o presidente do Sistema Ocemg, Ronaldo Scucato, o objetivo é cuidar das pessoas, das regiões onde existem cooperativas, preservar o meio ambiente, realizando ações através do voluntariado. O Dia C está alinhado ao sétimo princípio cooperativista “Interesse pela Comunidade”, em prol de transformações sociais e tem como lema “Atitudes simples movem o mundo”. Ao longo do tempo, só em Minas Gerais o Dia C já impactou 13,7 milhões de pessoas e envolveu cerca de 500 mil voluntários.

“O objetivo é incentivar iniciativas de responsabilidade social nas comunidades em que as cooperativas estão inseridas, por meio de ações voluntárias. Dessa forma, o segmento contribui para o alcance dos 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), preconizados pela Organização das Nações Unidas (ONU). O sucesso dessa caminhada devemos a cada cooperativa e a cada cooperado que participa”, afirmou Scucato.

Junto à apresentação de modelos inspiradores de ações de responsabilidade social vinculadas à gestão dos negócios, o evento abrigou a assinatura do Termo de Compromisso para doação, do Sistema Ocemg à Santa Casa de Misericórdia de Belo Horizonte, de parte dos créditos de energia gerados nas usinas fotovoltaicas construídas pela entidade com o projeto Minascoop Energia.

Figuras como o Padre Fábio de Melo e o palestrante Marcos Rossi falaram sobre motivação e prosperidade social. Já a superintendente do Sistema OCB (Organização das Cooperativas do Brasil) relacionou os ODS, a responsabilidade social e o cooperativismo.

“Nós levamos o projeto ‘Dia C’ para o nacional porque acreditamos na força de todas as cooperativas e o resultado que todas elas deram. Mesmo na pandemia, mais uma vez fizeram a diferença, novamente mostraram resiliência, e que tudo aquilo que os ODS falam, está na nossa essência. O País precisa conhecer o Dia C”, destacou Tânia Zanella.

Na mesma direção, mas por caminhos diferentes, a consultora e líder da Exchange 4 Change Brasil, Beatriz Luz, destacou as semelhanças e oportunidades de interação entre os propósitos do cooperativismo e a economia circular (EC), na palestra “Economia Circular: novas formas de produzir, consumir e se relacionar”.

Segundo ela, três passos são fundamentais para a construção de uma economia circular: Entender que a tecnologia é somente uma parte da equação; explorar oportunidades entre diferentes cadeias produtivas, promovendo conexões inusitadas; e estabelecer um novo arranjo geopolítico de investimento e comportamento.

“Costumo dizer que a economia circular não trabalha com logística reversa, porque não existe o conceito de resíduo. Tudo o que sobra se transforma em matéria-prima. Então o que temos é uma cadeia reversa de valor. Note como isso se aproxima do cooperativismo. As cooperativas são ambientes de diálogo, compartilhamento e cooperação. Acredito no surgimento de uma nova governança circular e as cooperativas têm muito a contribuir para esse aprendizado. A economia circular não resolve problemas, ela modifica o sistema para evitar que esses problemas surjam”, completou Beatriz Luz.