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BH vai receber a ópera ‘Feliz Ano Velho’ com a Orquestra Ouro Preto

Em 2025, orquestra está comemorando 25 anos de história
BH vai receber a ópera ‘Feliz Ano Velho’ com a Orquestra Ouro Preto
Ópera que é adaptação do clássico autobiográfico de Marcelo Rubens Paiva tem direção musical do maestro Rodrigo Toffolo | Foto: Divulgação Orquestra Ouro Preto

Depois da estreia nas areias da Praia de Copacabana, no Rio de Janeiro, que emocionou o público, a Orquestra Ouro Preto vai apresentar a mais nova obra – “Feliz Ano Velho, a Ópera” – no Grande Teatro Palácio das Artes, em Belo Horizonte nos dias 22 e 23 de agosto, às 20h. Os ingressos já estão à venda pelo site Eventim e nas bilheterias do teatro. Por enquanto, são somente duas apresentações na capital mineira e quem quiser se programar, é bom adquirir rapidamente os ingressos porque se esgotam. A orquestra está comemorando 25 anos de história e este ano é dedicado a programações especiais.

Adaptação do clássico autobiográfico de Marcelo Rubens Paiva, a ópera propõe uma leitura sensível, irreverente e musical da obra que se tornou um marco da literatura brasileira contemporânea. Com direção musical do maestro Rodrigo Toffolo e direção cênica de Julliano Mendes, a montagem combina música de concerto, teatro e literatura em uma linguagem moderna, fiel ao espírito do livro que atravessou gerações.

O elenco reúne nomes de destaque como Johny França (Marcelo), Jabez Lima (Rubens Paiva) e Marília Vargas (Eunice Paiva), além de um corpo artístico formado por instrumentistas e cantores que reforçam o caráter épico e humano da narrativa. A produção é um tributo à juventude, à resiliência e ao poder transformador da cultura.

A ideia de adaptar o livro para o palco nasceu de conversas entre o maestro Rodrigo Toffolo e o autor, iniciadas em 2023. Desde o primeiro encontro, Marcelo Rubens Paiva demonstrou entusiasmo com a proposta. “É emocionante ver Feliz Ano Velho ganhar vida no palco de forma tão intensa e musical. Mal posso esperar para ver e ouvir essa história contada de um jeito novo. Estou me sentindo um ‘erudito’”, brincou o autor ainda antes da estreia no Rio de Janeiro.

Parceiro de longa data da Orquestra Ouro Preto, o compositor Tim Rescala assina a partitura e o libreto da montagem. Reconhecido por obras como “Auto da Compadecida, a Ópera” e “Hilda Furacão, a Ópera”, Rescala une lirismo, crítica social e humor, explorando novas possibilidades para a ópera contemporânea brasileira. “Adaptar Feliz Ano Velho foi um desafio artístico instigante. É uma obra que pulsa vida, memória e ironia, elementos que me inspiraram a criar uma música que dialogasse com o texto de forma intensa e emocional. Estou muito feliz com o resultado, afirmou o compositor.

A encenação de Julliano Mendes destaca o dinamismo da narrativa e sua conexão direta com o público jovem, estabelecendo pontes entre o teatro musical e a tradição operística. Elementos visuais e simbólicos reforçam a força dramática do texto original, sem abrir mão da leveza e oralidade que marcaram o livro.

Segundo Toffolo, “Feliz Ano Velho, a Ópera” é mais um marco na trajetória inovadora da orquestra e reafirma o compromisso com a cultura brasileira e a renovação do repertório sinfônico nacional. “Essa montagem traduz nossa missão de conectar a música de concerto à cultura popular, o clássico ao contemporâneo. Marcelo Rubens Paiva é uma figura essencial da nossa cultura, e sua história continua tocando corações e despertando reflexões”, explicou o maestro. (Com informações da Orquestra Ouro Preto)

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