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Orquestra de Câmara do Sesc festeja 10 anos

Orquestra de Câmara do Sesc festeja 10 anos
Crédito: Tarcísio de Paula

Fundamental na missão do Sesc em Minas de promover a qualidade de vida por meio da cultura, a Orquestra de Câmara celebra dez anos de atividades neste mês. Para comemorar, um espetáculo especial será realizado no Sesc Palladium, amanhã, às 20h30.

A orquestra dividirá o palco com o renomado Grupo Trampulim, num concerto cênico que vai usar música e teatro para contar a história desse projeto tão importante para o Sesc em Minas. O evento ainda contará com apresentações dos outros dois projetos de formação cultural do Sesc em Minas: o Coral Jovem e o Núcleo de Formação de Dança.

Criada em 2012, a Orquestra de Câmara do Sesc em Minas é fruto de um projeto de formação e desenvolvimento de uma orquestra de cordas, composta por crianças e adolescentes. Os alunos são selecionados com idades entre dez e 14 anos e, ao longo do curso continuado de quatro anos, participam de aulas de violino, viola, violoncelo ou contrabaixo e ainda de percepção musical, prática de conjunto e canto coral. Em alguns meses, os alunos já são capazes de se apresentar com a orquestra para públicos variados.

A Orquestra de Câmara é oferecida de forma gratuita, com benefícios que incluem vale-transporte social, lanche e a doação de instrumentos para os alunos ao fim do curso, buscando contemplar preferencialmente os dependentes dos trabalhadores do comércio de bens, serviços e turismo com renda familiar de até três salários mínimos. Atualmente, 140 alunos fazem parte da orquestra.

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Em suma, é um projeto que realiza importantes ações educacionais e sociais por meio do ensino da música.

“A longevidade desse projeto é motivo de orgulho e satisfação para todos nós do Sesc em Minas. Nossa instituição atua em várias frentes para promover a inclusão social e a orquestra é parte fundamental desse trabalho. Além de aprender a prática e a teoria musical, os alunos do projeto adquirem conhecimentos e experiências que os preparam também para outras atividades, ampliando as possibilidades de entrada na universidade e no mercado de trabalho. Tudo isso é possível graças ao preparo e ao empenho de uma equipe de professores, técnicos e outros profissionais que dão o apoio psicopedagógico necessário para atingirmos nossos objetivos, fazendo a diferença na vida de todas as famílias envolvidas”, afirma o diretor regional do Sesc em Minas, Luciano de Assis Fagundes.

Potência cultural

Inicialmente, a orquestra tinha como sede o Sesc JK, no centro de Belo Horizonte. Depois, foi para o Sesc Santa Quitéria, no bairro Carlos Prates. Porém, desde 2018, ela desenvolve suas atividades no Sesc Palladium, do qual se tornou parte da rotina e da programação.

Responsável por reger o projeto dentro e fora dos palcos, Eliseu Barros era um dos músicos integrantes da Orquestra Filarmônica de Minas Gerais quando foi convidado para desenvolver e liderar o novo projeto do Sesc em Minas. A possibilidade de conciliar música, filantropia e ação social, que já faziam parte de sua vida, em uma única iniciativa fez a diferença para ele.

“É muito gratificante estar à frente desse projeto que é, acima de tudo, sobre inserção. Nós proporcionamos a esses jovens a inserção não só no mercado de trabalho, mas também cultural, aos conceitos de cidadania e à autoestima. Alguns alunos que começaram a vida na música na orquestra hoje são alunos meus na UFMG, no curso superior de Música. Saber que a música mudou a rota da trajetória deles, para mim, não tem preço. É fantástico dar essa contribuição”, afirma o maestro, que também é professor de violino na Escola de Música da Universidade Federal de Minas Gerais.

Nesses dez anos, a orquestra participou de grandes momentos musicais, incluindo parcerias realizadas com nomes importantes da música brasileira como Marcus Viana, Tianastácia, Daniel Boaventura, Trio Amaranto e Ana Cristina, além de participações no Festival Nacional da Canção, em Boa Esperança (MG), e no Festival Internacional Sesc de Música, em Pelotas (RS).

Desde 2012, 120 alunos já se formaram no projeto após quatro anos de curso. Ao menos 16 deles foram aprovados em cursos de Música de Universidades Federais e Estaduais. A primeira foi a Nikolly Ramos, hoje com 22 anos, que já se formou como bacharel em contrabaixo pela UFMG. Ela entrou no projeto aos 14 anos e hoje integra a Orquestra Ouro Preto, a Sinfônica de Betim e foi aprovada para a Orquestra de Câmara do Inhotim.

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