Orquestra Ouro Preto apresenta “Nevermind”

Após uma temporada repleta de sucesso, com ingressos esgotados em praticamente todos os concertos, a Orquestra Ouro Preto (OOP) dá início à série Domingos Clássicos 2023 com seu inusitado mergulho no rock grunge dos anos 1990.
Para celebrar um dos álbuns mais emblemáticos de todos os tempos, o “Nevermind”, do Nirvana, a formação mineira abre a temporada entre o som de violinos, guitarras distorcidas e muitas surpresas. O concerto, que mistura música e intervenções cênicas, acontece neste domingo (19), às 11h, no Grande Teatro do Sesc Palladium, pela Série Domingos Clássicos. Os ingressos têm preços populares.
Em 1991 foi lançado o disco que mudou a cena musical da época. O álbum conquistou o título de símbolo da cultura pop do século XX com potentes riffs de guitarra, que até os dias de hoje influenciam a música mundial. Com “Nevermind”, o grunge, que tem origem no punk, no metal e no hard rock, ganhou expressão representando a cultura, a música e a moda de toda uma geração.
Excelência e versatilidade, as marcas registradas da orquestra, estão muito bem sintetizadas no espetáculo, uma releitura de alto nível e cheia de ousadias sobre o gênero que impactou os anos 1990. A estreia do ousado concerto aconteceu em 2021, através de um concerto transmitido via YouTube, e foi celebrado em todo mundo.
Até mesmo o perfil da banda na plataforma de streaming repercutiu o concerto on-line, dedicando um post elogioso à apresentação e alavancando muito o alcance do tributo. Quase 100 mil pessoas assistiram à homenagem. No ano seguinte, em julho 2022, a apresentação ganhou o palco do Sesc Palladium e, em pouquíssimo tempo, teve a totalidade de ingressos vendidos.
A ideia de orquestrar “Nevermind” partiu do maestro Rodrigo Toffolo, que é fã do disco desde os tempos em que era apenas um jovem estudante de violino. “Nevermind vai muito além da música, representou toda uma geração que precisava extravasar seus sentimentos. Três caras fizeram aquela barulheira toda, que nada mais é que a voz do jovem daquela época. Acho a música deles muito impactante”, conclui o regente.
Com arranjos de Leonardo Gorosito, o concerto promete releituras de alto nível para sucessos como “Smellsliketeenspirit”, “Come as you are”, “Lithium” e “In bloom”. A ópera-grunge será tocada e encenada em 13 atos, incluindo todas as faixas do álbum. Os acordes de violinos e violoncelos irão se misturar ao som da bateria, guitarra e baixo de um rock baseado em contrastes dinâmicos, entre versos calmos e barulhentos, e refrões pesados, característicos da música do Nirvana.
Criada em 1987, em Seatle, nos Estados Unidos, a banda de rock Nirvana era formada inicialmente pelo vocalista e guitarrista Kurt Cobain e pelo baixista KristNovoselic, que posteriormente se juntaram ao baterista Dave Grohl. O nome Nirvana se refere ao conceito budista que Cobain descreveu como “a liberdade da dor, do sofrimento e do mundo externo”. Lançou seu primeiro álbum “Bleach” no final em 1989, e se firmou como parte da cena grunge de Seattle.
Em 1991, o segundo álbum de estúdio da banda, “Nevermind” vendeu 26 milhões de cópias e consagrou o Nirvana no mundo todo. Sua capa com um bebê nadando pelado e uma nota de 1 dólar se tornou um clássico da época e foi eleita pela revista Rolling Stone como a melhor capa de todos os tempos. O álbum está na lista dos “200 álbuns definitivos no Rock and Roll Hall of Fame”. O sucesso inesperado popularizou o rock alternativo, Kurt Cobain passou a ser considerado o porta-voz de uma geração e sua música passou Beatles e Michael Jackson na preferência do público.
Em 1994, o vocalista Kurt Cobain suicidou e a banda teve seu fim. Apesar disso, ocorreram vários lançamentos póstumos e o grupo chegou a vender mais de 75 milhões de discos em todo o mundo.
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