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Orquestra Ouro Preto celebra 25 anos com temporada comemorativa

Grupo mineiro se tornou referência nacional e internacional
Orquestra Ouro Preto celebra 25 anos com temporada comemorativa
Orquestra Ouro Preto e Rufo Herrera na Casa da Ópera de Ouro Preto, no lançamento da programação 2025 na última segunda-feira (17) | Crédito: Divulgação Rapha-Garcia

Em 2025, a Orquestra Ouro Preto alcança um marco significativo em sua trajetória: 25 anos. Ao longo dessas décadas, o grupo mineiro se tornou referência nacional e internacional, quebrando barreiras e transformando o cenário musical brasileiro ao unir a tradição da música de concerto com novas e surpreendentes abordagens artísticas.

Com a temporada comemorativa, que já começou com uma turnê por seis países da Europa, a Orquestra Ouro Preto promete mais um ano de inovações. A programação especial vai revisitar seus maiores feitos e propõe novas parcerias e colaborações, reafirmando sua identidade singular e seu papel de vanguarda da música nacional.

Orquestra Ouro Preto
Orquestra Ouro Preto na Casa da Ópera | Crédito: Rapha Garcia

De concertos que resgatam momentos históricos, passando por projetos que exaltam compositores e exploram novas sonoridades, cada apresentação será uma jornada musical que reflete o legado de uma trajetória construída com coragem e sensibilidade.

“Esses 25 anos foram de desafios e surpresas constantes. Nunca nos acomodamos. Desde o início, com um grupo formado por irmãos e amigos, não imaginávamos que chegaríamos tão longe, mas sempre acreditamos na força da música e no poder dos grandes encontros”, celebra o maestro Rodrigo Toffolo, regente titular e diretor artístico.

Concerto da Orquestra Ouro Preto
Crédito: Rapha Garcia

Criada em 2000, a Orquestra Ouro Preto iniciou sua trajetória no interior de Minas Gerais e, com o passar dos anos, tornou-se um dos grupos mais inovadores e consistentes do Brasil. O compromisso com a valorização da música brasileira e com a democratização do acesso à arte é um dos pilares que sustenta sua trajetória, consolidando-se como uma grande incentivadora de novos repertórios nacionais.

Programação comemorativa

A temporada 2025 já começou em grande estilo, com uma turnê europeia ao lado de Alceu Valença, que teve ingressos esgotados em teatros de Paris, Londres, Berlim, Utrecht, Barcelona, Porto e Lisboa.
Nesta sexta-feira (21), a Orquestra Ouro Preto vai lançar seu 23º álbum, Orquestra Ouro Preto: Villa-Lobos, Piazzolla e Mehmari, reunindo interpretações de grandes compositores brasileiros e internacionais.

A icônica Bachiana Brasileira nº 9, de Villa-Lobos, ganha a interpretação da Orquestra, mantendo a sofisticação e a identidade da obra original. De Piazzolla, o álbum traz Suíte del Ángel, com arranjos inéditos de José Carli, parceiro do compositor e testemunha de um dos períodos mais importantes da música latino-americana.

Fechando o disco, Canções para as Estações, de Mehmari, é uma criação inédita inspirada nos sonetos atribuídos a Vivaldi em As Quatro Estações, trazendo uma abordagem inovadora, com a voz luxuosa da soprano Marília Vargas. O álbum estará disponível nas plataformas digitais já a partir de 21 de março.

Orquestra Ouro Preto e Rufo Herrera
Orquestra Ouro Preto e Rufo Herrera na Casa da Ópera | Crédito: Rapha Garcia

As comemorações seguem com a abertura da temporada da Série Domingos Clássicos, que completa 10 anos de parceria com o Sesc Palladium, em Belo Horizonte, onde a orquestra é residente. O projeto conquistou o público belo-horizontino, que, mensalmente, lota o teatro em apresentações a preços populares.

O primeiro concerto da série será neste domingo (23), às 11h, no Sesc Palladium, e homenageia o compositor e bandoneonista argentino Rufo Herrera, com participação do Quinteto Tempos. Os ingressos já estão à venda no site Sympla e na bilheteria do teatro.

Concerto na Praia de Copacabana

Dentre as surpresas da temporada, a Orquestra Ouro Preto, mais uma vez, aposta na ousadia. Após o sucesso da adaptação operística de Hilda Furacão, a formação mineira mergulha em outro best-seller da literatura brasileira e leva aos palcos uma versão inédita de “Feliz Ano Velho”, de Marcelo Rubens Paiva.

O livro foi um marco de uma geração. Ele narra o acidente que deixou o autor tetraplégico pouco antes do Natal de 1979. Embora trate de um episódio trágico, a obra combina humor, ternura e reflexão, tornando-se um dos maiores sucessos da literatura nacional. Com música e libreto assinados por Tim Rescala, a montagem vai estrear no dia 14 de junho em um cenário inusitado: as areias de Copacabana, Em seguida, a produção chega a Belo Horizonte para duas récitas no Palácio das Artes, em agosto.

Os 25 anos da Orquestra Ouro Preto também serão comemorados em apresentações especiais pelo interior de Minas e por todo o País. Já estão confirmados concertos no Rio Grande do Norte, Bahia, São Paulo, Rio de Janeiro, Paraná e Amazonas.

O Instituto Cultural Vale, a SulAmérica, a AngloGold Ashanti, a Kinross Paracatu e a Aliança Energia, por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura, financiam a temporada comemorativa.

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