Orquestra Sesiminas apresenta “Passeio pela Ópera”

Um “Passeio pela Ópera”, que apresentará ao público árias de óperas consagradas dos italianos Rossini, Puccini, Mascagni e Verdi; dos franceses Gounod e Bizet; e do austríaco Johann Strauss, será a programação do próximo concerto da Orquestra Sesiminas na próxima quinta-feira, às 20h30, no palco do teatro do Centro Cultural Sesiminas (rua Padre Marinho, 60, Santa Efigênia).
A apresentação, que integra a temporada 2022 da Orquestra Sesiminas, terá regência e direção artística de Felipe Magalhães e participação de quatro cantores, na interpretação das diferentes árias. “Resolvemos criar um concerto que pudesse trazer ao público, de uma só vez, alguns dos mais consagrados números do gênero operístico, proporcionando os mais variados sentimentos, sob a sonoridade de quatro diferentes timbres vocais”, explica Magalhães.
A soprano Fabíola Protzner interpreta a Habanera, da Ópera Carmen, de Bizet. “Cantar Habanera, dar vida à ária mais conhecida da Carmen, é um desafio e um prazer muito grande para qualquer cantora. Porque ali eu vou poder não só utilizar diferentes timbres e coloridos na voz, como também trabalhar a minha parte atriz, tentando, de certa forma, seduzir o público”, afirma a cantora. Além de Habanera, Fabíola vai executar a célebre Ave Maria, de Pietro Mascagni.
Já o tenor Rogério Francisco interpretará duas das mais conhecidas árias de Puccini, ambas declamadas por personagens apaixonados. Che Gelida Manina, da Ópera La Bohème, e Nessum Dorma, de Turantot. “Puccini é um compositor central da Ópera Italiana. E é uma honra interpretar duas árias que, de certa forma, até se destacam das óperas às quais elas pertencem, adquirindo vida própria ao longo do tempo”, observa Francisco.
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O francês Charles Gounod e o austríaco Johann Strauss marcam presença na voz da soprano leggero Camila Corrêa. De Gounod, a ária “Je Veux Vivre” traz toda a alegria e jovialidade que a personagem Julieta experimenta nas primeiras cenas do clássico shakespeariano. Já sobre a Mein Herr Marquis, da ópera “O Morcego’, de J. Strauss, a cantora comenta: “Foi uma das primeiras árias em alemão que eu trabalhei, especificamente para o meu tipo de voz (soprano leggero com coloratura), tendo, além das questões técnicas de leveza e agilidade, a necessidade de mostrar toda a ironia que pede a personagem”.
Fígaro
O timbre forte e potente de barítono também encontra espaço no concerto, na voz de Pedro Vianna, que interpreta aquela que é talvez a mais famosa ária dedicada a essa tecitura: Largo al factótum, do célebre personagem Fígaro, de O Barbeiro de Sevilha, de Rossini. Da comédia, Pedro Vianna passa para a tragédia, com “Di Provenza il mar il suol”, de “La Traviata’ de Verdi. “Trata-se de um momento profundo da história de La Traviata. Um diálogo de pai para filho, que exige muito equilíbrio emocional e técnico”, ressalta Pedro Vianna.
Além dos cantores, a orquestra recebe o percussionista Gustavo Brito e o pianista compositor e arranjador Fred Natalino, que assina os arranjos das árias.
Como não poderia deixar de ser, o concerto começa com uma Abertura de Ópera, no caso, da obra de W. A. Mozart: La Clemenza di Tito, composta durante o último ano de vida do compositor austríaco, em apenas 18 dias. Além dessa abertura, a orquestra interpreta outra peça instrumental: A Melodia de Orfeu e Eurídice, da obra de C. W. Gluck.
Para fechar esse belo passeio pela ópera, os quatro cantores se reúnem com a orquestra, percussionista e pianista, para cantarem juntos o consagrado coro “Va, pensiero”, do Nabucco de Verdi. “Trata-se de um verdadeiro louvor à ópera, gênero que explora os mais variados afetos humanos e que reúne música e poesia”, ressalta o maestro Felipe Magalhães.
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