Variedades

Orquestra Sinfônica faz concerto de valsas

Trechos de Convite à Valsa serão apresentados hoje, às 12h, com entrada gratuita e sem necessidade de ingresso
Orquestra Sinfônica faz concerto de valsas
O programa começa com alguns dos trechos de balés mais aclamados, escritos por Tchaikovsky | Crédito: Paulo Lacerda

A valsa é um dos gêneros musicais mais populares e românticos do mundo. Da música nos salões de baile à trilha sonora de filmes, algumas obras se tornaram inconfundíveis. Peças únicas e atemporais deste segmento vão tomar conta do Grande Teatro Cemig Palácio das Artes na série Concertos da Liberdade. A Orquestra Sinfônica de Minas Gerais apresenta Convite à Valsa. Regido pelo maestro Roberto Tibiriçá, a seleção inclui obras marcantes criadas por Piotr Ilitch Tchaikovsky (1840-1893), e Johann Strauss II (1825-1899). Trechos do repertório serão apresentados hoje, às 12h, com entrada gratuita e sem necessidade de ingresso. Já amanhã será realizada a apresentação de gala, com o programa integral, a partir das 20h30, com ingressos a R$20,00 (Plateia 1), R$15,00 (Plateia 2) e R$10,00 (Plateia superior) a inteira. As apresentações têm classificação indicativa livre.

Com origem nos territórios hoje correspondentes à Áustria e à Alemanha, entre o final do século XVIII e o início do XIX, a valsa foi bastante utilizada nos salões vienenses para os bailes e festas, tendo como compositores mais famosos os membros da família Strauss. O gênero, porém, ganhou diferentes roupagens por autores de outras tradições, como Tchaikovsky, e logo se espalhou por toda a Europa como um símbolo da elegância e do refinamento. O nome do gênero musical tem origem na palavra alemã waltzen, que significa justamente “dar voltas”, representando o principal movimento da dança homônima. Reconhecidas como obras de arte que encantam e emocionam pessoas de todas as idades e culturas, suas melodias envolventes e movimentos graciosos são uma expressão de beleza e excelência musical. Sob regência dde Tibiriçá, Convite à Valsa promete transportar o público para um universo de emoções e criações artísticas inesquecíveis.

Passeando entre as obras de dois dos maiores compositores do século XIX, Convite à Valsa destaca a produção dos artistas dentro deste gênero musical específico, ao mesmo tempo ressaltando as suas distinções estilísticas e celebrando o que une gerações de pessoas em torno de sua música: a profundidade emocional que encanta os ouvintes há quase dois séculos. “As valsas costumam ter temas lindos e muito melodiosos, por isso viraram exemplo de Romantismo. Mas o propósito principal da escolha deste programa é demonstrar a diferença entre as obras de Tchaikovsky, que são criações para balé, e de Strauss II, voltadas à dança de salão. Também pensamos na seleção dessas valsas como uma oportunidade de chamar tanto as pessoas que já conhecem e apreciam esse estilo, quanto as gerações mais jovens, que podem encontrar na valsa uma forma de expressar o que estão sentindo em seus relacionamentos”, explica o maestro Roberto Tibiriçá

“Lagos dos Cisnes”

O programa começa com alguns dos trechos de balés mais aclamados, escritos por Tchaikovsky. É o caso de “Valsa”, um dos trechos de “O Lago dos Cisnes”, encenado pela primeira vez em 1877, em Moscou, então Império Russo. O balé dramático conta a história do amor de um príncipe por um cisne. A obra passou a ser referência obrigatória no repertório do balé clássico, com enredo encantador, vibrante e lúdico, e é ainda mundialmente conhecida pela união virtuosa entre orquestração e dança.

Também de Tchaikovsky, a Orquestra Sinfônica interpretará a “Valsa das Flores”, de “O Quebra-Nozes”, último balé composto pelo músico e apresentado ao público pela primeira vez no ano de 1892, em São Petersburgo, capital do Império Russo. Na história, que se passa durante uma noite de Natal, a menina Clara ganha de presente um boneco quebra-nozes, e com ele segue viagem por um mundo mágico em que os brinquedos ganham vida, dançam, lutam, e viajam por diversos reinos. Celebrado sobretudo por sua melodia delicada e movimentos graciosos, que habitam o imaginário popular há gerações, a “Valsa das Flores” é frequentemente apresentada em espetáculos de dança clássica. O compositor russo ainda marcará presença no concerto com as Valsas de A Bela Adormecida e Eugene Onegin.

Convite à Valsa traz também o ápice de qualidade do repertório vienense, destacando o trabalho de Richard Strauss II, que passou à história como “O Rei da Valsa”. Um dos principais nomes do período Romântico da música sinfônica, Strauss II é autor de uma das valsas mais conhecidas e amadas, “O Danúbio Azul”, cuja estreia aconteceu em 1867, em Viena, na Áustria. Pouco mais de um século depois, a obra foi imortalizada no cinema ao ser incluída na trilha sonora do filme de “2001 – Uma Odisseia no Espaço“ (1968), dirigido por Stanley Kubrick. Porém, antes de proporcionar um balé de naves espaciais, “O Danúbio Azul” já era e continua a ser uma das peças mais executadas em concertos e bailes de gala ao redor do mundo.

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