Orquestra Sinfônica recebe público no Palácio das Artes

A Fundação Clóvis Salgado e o Instituto Unimed BH apresentam o inédito concerto Stabat Mater – O Drama do Barroco Italiano, evento que compõe a programação da aclamada Temporada de Ópera on-line 2021 e celebra os 50 anos do Palácio das Artes. O concerto marca a volta da Orquestra Sinfônica de Minas Gerais ao palco do Grande Teatro do Palácio das Artes, após um ano e meio de trabalho em regime exclusivamente remoto. Unindo toda elegância e graciosidade da música clássica e a dramaticidade da música barroca, a apresentação acontecerá no dia 28 de agosto de 2021 (sábado), às 20h30.
Os ingressos são gratuitos, e já podem ser retirados de forma on-line pelo site da Eventin, ou presencialmente, na Bilheteria do Palácio das Artes. Em razão da pandemia, a capacidade atual do Grande Teatro Cemig Palácio das Artes está limitada a 800 lugares. O concerto também será transmitido ao vivo, com acesso pelo site da Fundação Clóvis Salgado.
A regência fica a cargo do Maestro Titular da Orquestra, Silvio Viegas, e a apresentação conta com a participação especial dos solistas convidados Pablo Rossi (piano), Lina Mendes (soprano) e Juliana Taino (mezzo soprano), grandes destaques no cenário da música erudita mundial. No programa, Concerto para Piano e Orquestra N° 12, de Wolfgang Amadeus Mozart, Sinfonia Al Santo Sepolcro, de Antonio Lucio Vivaldi, e com a obra Stabat Mater, de Giovanni Battista Pergolesi.
O Concerto Stabat Mater – O Drama do Barroco Italiano integra a Temporada de Ópera on-line 2021 e é realizado pelo Governo de Minas Gerais / Secretaria de Estado de Cultura e Turismo, pela Fundação Clóvis Salgado, e correalizado pela APPA – Arte e Cultura. Tem como apresentadora do Programa a Unimed-BH / Instituto Unimed-BH, e como patrocinadores a Cemig e a AngloGold Ashanti, por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura.
De volta ao palco – O concerto Stabat Mater – O Drama do Barroco Italiano será composto por duas partes. A primeira, com Concerto para Piano e Orquestra N° 12 de W. A. Mozart terá como solista o jovem Pablo Rossi, com renomada carreira musical. Segundo Silvio Viegas, o concerto a ser interpretado pela OSMG na companhia de Rossi foi o primeiro de um conjunto de três composições para piano escritas por Mozart em 1783. “Este concerto se destaca pelo seu incrível efeito musical. No segundo movimento, o compositor faz uma homenagem a seu ex-mentor Johann Christian Bach, fazendo uso de um tema escrito por ele”, ressalta o maestro.
Para o Pablo Rossi, a oportunidade de solar com a Orquestra Sinfônica de Minas Gerais vem revestida de uma sensação diferente, pois será o primeiro concerto “sinfônico” do solista desde o começo da pandemia.
“Outras oportunidades haviam surgido nesse período que ficamos ‘meio-apartados’ dos palcos, mas nenhuma acabou vingando, justamente pela instabilidade dessa realidade pandêmica. Por isso essa apresentação será o meu retorno aos palcos sinfônicos, por assim dizer, e é com grande empolgação e ansiedade que aguardo esse momento”, celebra Rossi.
A apresentação também marca a estreia do pianista ao lado da Orquestra, e, segundo ele, se torna ainda mais especial por carregar no programa um concerto de W. A. Mozart. “Nós, pianistas, fomos presenteados com um catálogo incomparável de concertos para piano e orquestra de Mozart: são nada mais, nada menos, do que 27 obras escritas para esse gênero musical. Nenhum outro compositor escreveu tantas obras – e dessa envergadura – para o piano, por isso a importância e privilégio de poder estudá-las e apresentá-las ao público”, destaca o pianista.
Da beleza ao clamor – A segunda parte do programa ilustra toda a dramaticidade da música barroca italiana, com obras de dois dos seus mais importantes compositores. “Inicialmente, a Orquestra Sinfônica de Minas Gerais interpreta a Sinfonia Al Santo Sepolcro. Dividida em dois movimentos, um lento e outro rápido, Vivaldi cria um ambiente misterioso e sombrio através de dissonâncias que perpassam toda obra”, explica Viegas.
Em seguida, será interpretada a obra sacra Stabat Mater (em latim, “Estava a Mãe”), do italiano G. B. Pergolesi, composta em 1.736 nas semanas finais da vida do compositor. A obra é baseada em um dos mais fortes poemas medievais, que descreve e reflete o sofrimento de Maria, mãe de Jesus, durante a crucificação de seu filho.
Lina Mendes, que interpreta Stabat Mater ao lado de Juliana Taino, diz que o palco do Grande Teatro é um lugar que a presenteia com lindas lembranças, e que estar de volta é muito emocionante. “A magia acontece no teatro, ao vivo, com a interação única entre artista e plateia. Após tanto tempo impossibilitada de trabalhar por conta da pandemia, ter a oportunidade de voltar a fazer música em segurança com público presente é de imensa alegria”, conta a solista.
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