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OSMG apresenta obras de Villa-Lobos

OSMG apresenta obras de Villa-Lobos
Crédito: Paulo Lacerda

Heitor Villa-Lobos entrou calmamente no palco do Theatro Municipal de São Paulo durante a Semana de Arte Moderna de 1922. De chinelos, sentou ao piano e, sob vaias e aplausos, ajudou a construir um novo lugar para a música brasileira no cenário mundial. Para evidenciar a importância do músico na contemporaneidade e celebrar os 100 anos da Semana de 22, a Orquestra Sinfônica de Minas Gerais (OSMG) apresenta gratuitamente dois concertos com obras do compositor carioca e outros expoentes modernistas nacionais.

A primeira apresentação, que acontece amanhã, às 12h, e integra o programa “O Modernismo em Minas Gerais e o projeto “Sinfônica ao Meio-Dia”, acontece no Grande Teatro Cemig Palácio das Artes. O segundo concerto, que ocorre no próximo, às 10h, e é parte integrante da aclamada série “Concertos no Parque”, será realizado no Parque Municipal Américo Renné Giannetti. Os ingressos podem ser retirados na bilheteria do Palácio das Artes ou no site www.fcs.mg.gov.br.

A programação conta com a regência do maestro convidado Roberto Tibiriçá nos dois concertos. Além de conduzir a orquestra, o maestro conversa com o público sobre a pujança do movimento modernista no País. “A Semana de 22 impactou de forma profunda a música no Brasil. Até aquele momento se tocava muitos compositores europeus. Ao subir ao palco do Theatro Municipal de São Paulo, Villa-Lobos rompeu com isso. O compositor carioca, ao lado de Camargo Guarnieri e tantos outros, mudaram o paradigma da influência europeia em nossa música“, explica Tibiriçá.

Com cerca de 2.000 peças escritas, Villa-Lobos é consid,erado o compositor mais prolífico e importante do Brasil. “A música brasileira antes da Semana de 22 não era bem nacional. As referências eram o bolero, o tango, a valsa e, principalmente, a música europeia. Villa-Lobos mudou isso. As composições passaram a ter elementos da nossa cultura. Por exemplo, o violão foi incorporado em orquestrações. A linguagem se modificou e se tornou ainda mais rica”, aponta Tibiriçá.

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O concerto de amanhã, que integra o programa “O Modernismo em Minas Gerais” e o projeto “Sinfônica ao Meio-Dia”, revisita a obra do que é considerado o mestre do modernismo brasileiro: Heitor Villa-Lobos. O programa traz a execução de “Bachianas Brasileiras: 2 e 4“ e a obra “Floresta do Amazonas: Melodia Sentimental, da Floresta Amazônica“.

Já a apresentação do domingo, às 10h, no Parque Municipal de Belo Horizonte, integra o projeto “Concertos no Parque”e traz, além de Villa-Lobos, os compositores Lorenzo Fernandez, Camargo Guarnieri, que terá interpretada pela OSMG a “Dança Brasileira”, Sivuca e Alberto Nepomuceno. O concerto contará com a participação dos solistas Robson Saquet (saxofone) e João Pedro Teixeira (acordeon), que executa “Rapsódia Gonzaguiana”, de Sivuca. “É uma grande honra participar pela primeira vez de um concerto junto à Orquestra Sinfônica de Minas Gerais e poder interpretar arranjos do mestre Sivuca para canções do Luiz Gonzaga. Por tocar acordeon desde os sete anos, o Sivuca sempre foi uma influência muito grande em mim. Tive o privilégio de conviver de forma muito próxima com o Hermeto Pascoal, que era amigo do Sivuca e isso me aproximou ainda mais do mestre e multi-instrumentista paraibano”, conta o acordeonista João Pedro Teixeira.

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