Músico Pacífico Mascarenhas morre em Belo Horizonte aos 88 anos
O músico mineiro Pacífico Mascarenhas, nascido em Belo Horizonte em 1935, morreu na manhã desta terça-feira (9) por volta de 5h30. Segundo informações de familiares, ele estava internado no Hospital Madre Teresa, mas as causas da morte ainda são desconhecidas.
No próximo dia 21 de maio, o artista completaria 89 anos. As informações sobre o velório e o enterro ainda não foram divulgadas.
Considerado o precursor da Bossa Nova em Minas Gerais e “padrinho musical” de Milton Nascimento, o compositor Pacífico Mascarenhas tem uma extensa carreira artística com canções em mais de 30 discos autorais, e composições gravadas por músicos como Luiz Eça, Nara Leão, o próprio Bituca, Cliff Korman, Eumir Deodato e Jorge Cutello.
Ele também ajudou a alavancar as carreiras de outros grandes nomes da música, como Milton Nascimento e Joyce Moreno. Foi em sua casa em Belo Horizonte, que Mascarenhas gravou Bituca cantando e tocando violão, e enviou as fitas a rádios do Rio de Janeiro. Ele também foi responsável por apresentar Milton Nascimento a Elis Regina no Rio.
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Prêmios e reconhecimento
Por sua obra, Mascarenhas também foi reconhecido e premiado com:
- o Troféu Pró-Música de 1995, 1996 e 2007;
- a Comenda do Mérito Artístico Rômulo Paes, concedida pela da Câmara Municipal de Belo Horizonte, em 1998;
- o Diploma de Honra ao Mérito da Ordem dos Músicos de Minas Gerais, em 2003;
- a Medalha Presidente Juscelino Kubistchek, em 2003.
O artista integrou a chamada Turma da Savassi, formado por jovens músicos que faziam serenatas nos anos 1950, e foi diretor Social e conselheiro do Minas Tênis Clube por 30 anos.
Ele ainda criou o grupo Sambacana, e foi responsável por difundir a Bossa Nova em Belo Horizonte à época. Também foi o primeiro músico a gravar e lançar um álbum independente no Brasil, o LP “Um passeio musical”.
Homenagens
Nas rede sociais, Milton Nascimento, o Minas Tênis Clube e o cantor e compositor Paulinho Pedra Azul se manifestaram sobre a perda de Mascarenhas.
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