Palácio das Arte amplia acessibilidade dos espaços

O Palácio das Artes está mais acessível para as pessoas com deficiência. O projeto Palácio para Todos vem trabalhando, desde agosto de 2024, em estudos de viabilidade para melhorias na acessibilidade estrutural de salas e espaços comuns. O resultado desse trabalho será apresentado ao público na próxima terça-feira (25), às 19 horas, em cerimônia de encerramento da 1ª edição do projeto na Grande Galeria do Palácio das Artes, em evento aberto ao público.

Diversas melhorias já poderão ser percebidas pelo público visitante a partir de agora. A Sala João Ceschiatti, por exemplo, recebeu um projeto de acessibilidade física com instalação de três rampas de acesso, que proporcionam a pessoas cadeirantes circularem entre a plateia, palco e camarim, com autonomia e sem ajuda de outras pessoas. As galerias Genesco Murta, Arlinda Correa Lima e Grande Galeria Alberto da Veiga Guignard agora possuem pisos táteis móveis, que podem ser instalados e removidos a cada nova exposição que chega nas galerias, permitindo acessibilidade permanente para pessoas com deficiência visual a cada mudança de expografia. A Grande Galeria, inclusive, já está com os pisos táteis instalados na exposição de Yara Tupinambá, que estará aberta ao público até 23 de março de 2025.

“Cada recurso implementado foi discutido e selecionado a partir de um grupo de trabalho formado por pessoas com deficiência e especialistas em acessibilidade, reforçando o lema ‘nada sobre nós sem nós’. Assim, o projeto cumpre com o propósito de entregar demandas reais, pensadas, concebidas e validadas pelas próprias pessoas com deficiência”, explica o coordenador de acessibilidade do projeto e que também é uma pessoa com deficiência visual, Gabriel Aquino

Mais novidades

Outra novidade em equipamentos culturais de Belo Horizonte são as Réplicas e Mapas Táteis para acessibilidade de pessoas com deficiência visual e intelectual. A partir do dia 25 de fevereiro, no hall principal do Palácio das Artes, o público terá acesso a duas Réplicas Táteis do Palácio das Artes – uma com detalhes em 3D da fachada principal e outra representando o complexo do prédio como um todo.

Ação que possibilita, através do tato, fazer com que pessoas deficientes visuais “enxerguem” o que é o Palácio das Artes visto de fora. Além disso, essas pessoas também poderão a partir de agora, acessar três plantas táteis das áreas internas do Palácio das Artes, permitindo que elas se localizem e saibam em detalhes onde fica cada espaço comum do prédio, como salas de teatro, cinema, galerias, café e banheiros.

O Palácio para Todos também deixa como legado um projeto arquitetônico de acessibilidade geral e universal dos banheiros do Hall do Café, próximo ao Cine Humberto Mauro, para execução de obra futura pela Fundação Clóvis Salgado. Na parte de treinamento de pessoal, foram realizadas quatro capacitações em acessibilidade para as equipes de comunicação, recepção, bilheteria e segurança da Fundação Clóvis Salgado.

“Com cada um destes recursos estamos propiciando muito mais que o simples acesso aos espaços de cultura do Palácio. Estamos possibilitando que pessoas com deficiência conheçam, acessem, apreciem, desfrutem e se sintam pertencentes e acolhidas pelo Palácio das Artes enquanto visitantes, artistas e protagonistas da cultura mineira”, comenta o diretor da Cultura Criativa, proponente do projeto Palácio para Todos, Fred Torres.