Palácio da Liberdade pode ser alugado para eventos privados; veja valores

O Palácio da Liberdade, um dos principais cartões-postais de Belo Horizonte, está oficialmente disponível para a realização de eventos privados e corporativos. A novidade foi publicada no Diário Oficial de Minas Gerais na última sexta-feira (19), por meio de portaria da Fundação Clóvis Salgado (FCS) que regulamenta o uso dos espaços.
A decisão, assinada pelo presidente da Fundação, Sérgio Rodrigo Reis, abre novas oportunidades para o mercado de eventos da capital mineira, permitindo que empresas, produtores e pessoas físicas aluguem áreas nobres do Palácio, como o alpendre, a escadaria principal, o cinema, os jardins e diversas salas históricas, para celebrações, lançamentos e outras ocasiões especiais.
Como funcionará a locação do Palácio?
O novo regulamento autoriza o aluguel dos espaços para eventos públicos ou privados. Os valores serão fixados em Unidade Fiscal do Estado de Minas Gerais (UFEMG), garantindo atualização automática conforme a inflação.
Os interessados deverão apresentar um pedido de autorização à Gerência-Geral do Palácio da Liberdade com, no mínimo, dez dias de antecedência. O processo de aprovação é rigoroso e envolve o aval de diversos órgãos de preservação, como o Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico de Minas Gerais (Iepha) e o Departamento de Patrimônio Cultural da Prefeitura de Belo Horizonte (DPCA/PBH), assegurando a proteção do patrimônio.
Um comitê de pauta da Fundação Clóvis Salgado será responsável por analisar e aprovar as propostas, levando em conta a viabilidade técnica e a relevância cultural do evento. A portaria também detalha a documentação necessária, que inclui desde informações sobre a empresa ou pessoa física até a apresentação de croquis e memoriais descritivos.
Espaços e capacidade de público
A portaria nº 25 também define a capacidade máxima de público para cada espaço. Os jardins, por exemplo, podem receber até 1.000 pessoas, enquanto a tenda comporta até 250 sem mobília. Para eventos internos, o hall de entrada e as salas Rosada e Vermelha têm capacidade para 120 pessoas, e a escadaria principal pode abrigar até 30.
Além da cobrança pelo uso, o regulamento destaca que o contratante será responsável por custos operacionais, incluindo equipes de segurança, brigadistas, limpeza e produção. Todas as estruturas temporárias, como palcos e tendas, devem seguir as diretrizes de preservação do patrimônio histórico. A iluminação monumental do Palácio, por exemplo, não poderá ser alterada.
A iniciativa da Fundação Clóvis Salgado busca garantir a sustentabilidade da gestão do Palácio da Liberdade, equilibrando a abertura ao público com a necessidade de conservar um bem tombado e de valor inestimável para a história de Minas Gerais.
Tabela de preços para alugar o Palácio da Liberdade
Para eventos de grande porte, como coquetéis e lançamentos, a locação da tenda e dos jardins por 16 horas, das 7h às 23h, pode chegar a R$ 75 mil. Já o uso apenas dos jardins, pelo mesmo período, custa R$ 60 mil.
Para eventos mais intimistas, como lançamentos, reuniões e recepções, o aluguel do alpendre ou hall de entrada por 12 horas, das 9h às 19h, custa R$ 25 mil. O cinema, ideal para palestras e workshops, com capacidade para 27 pessoas, pode ser alugado por R$ 3.250.
O documento também prevê valores para sessões de fotos e filmagens, com preços a partir de R$ 2.500 para um período de quatro horas em espaços como o alpendre, a escadaria principal e os jardins, para fins estritamente pessoais. Para gravações comerciais e editoriais de moda, o preço sobe para R$ 7.500 pelo mesmo período.
Um detalhe importante é a taxa de reserva, que corresponde a 30% do valor total do contrato e deve ser paga antecipadamente para garantir a data do evento.
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