Parque de Minas Gerais pode se tornar Patrimônio Mundial Natural da Unesco

Localizado no Norte de Minas Gerais, o Parque Nacional Caverna do Peruaçu é um dos candidatos a receber o título de Patrimônio Mundial Natural pela Unesco. O resultado da eleição será anunciado na 47ª reunião do Comitê de Patrimônio Mundial, que acontece de 6 a 16 de julho em Paris, na França. Caso eleito, o reconhecimento internacional será dado no dia 18 de julho, mesma data em que o Sistema Nacional de Unidades de Conservação (SNUC) completa 25 anos de criação.
Para a diretora-presidente do Instituto Ekos Brasil, Ana Cristina Moeri, a candidatura já representa uma valorização de um tesouro natural e cultural brasileiro. “É também o resultado de mais de duas décadas de trabalho conjunto entre poder público e iniciativa privada para a preservação deste território único”, afirma a representante da organização, que atua no complexo desde 2003.

O Parque Nacional da Caverna do Peruaçu tem mais de 56,4 mil hectares entre os municípios de Januária, Itacarambi e São João das Missões. Nele, estão abrigados 114 sítios arqueológicos catalogados, formações geológicas únicas, pinturas rupestres e várias cavernas – tudo isso em meio a uma biodiversidade que possui elementos da Caatinga, do Cerrado e da Mata Atlântica.
A conservação e manejo do parque é realizada a partir de uma parceria público privada firmada por um acordo de cooperação entre o Instituto Chico Mendes de Conservação e Biodiversidade (ICMBio) e a Ong Instituto Ekos Brasil.





Preocupação com meio ambiente e com as comunidades
Conforme informações do Instituto Ekos, além da preservação ambiental, as atividades na região tem gerado benefícios diretos para as comunidades do entorno, incluindo povos tradicionais e indígenas. O desenvolvimento do turismo sustentável, a valorização da cultura local e a implementação de projetos socioambientais têm contribuído para melhorar a qualidade de vida dos moradores e criar oportunidades econômicas na região.
“O reconhecimento internacional do Peruaçu pode impulsionar ainda mais o turismo sustentável na região, trazendo visibilidade e recursos para a conservação e para as comunidades locais. É um exemplo concreto de como a conservação ambiental pode caminhar junto com o desenvolvimento socioeconômico”, reforça Ana Cristina Moeri.
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