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Plano de vacinação terá Coronavac, do Butantan

Plano de vacinação terá Coronavac, do Butantan
Crédito: Marcelo Camargo / Agência Brasil

Brasília – O plano de vacinação contra a Covid-19 apresentado pelo governo federal ontem passou incluir a aquisição da vacina CoronaVac, da chinesa Sinovac que está sendo envasada no Brasil pelo Instituto Butantan, além da compra de medicamentos dos laboratórios Janssen e Pfizer, aumentando a estimativa de doses disponíveis para 2021 para 360,9 milhões.

De acordo com o plano do Ministério da Saúde, além das 210 milhões de doses já contratadas da AstraZeneca/Oxford e das 42,5 milhões contratadas com a CovaxFacilities, mecanismo de distribuição de vacinas da Organização Mundial de Saúde (OMS), o governo prevê ainda as já anunciadas 70 milhões de doses da Pfizer e outras 38 milhões de doses da Janssen, subsidiária da Johnson & Johnson.

Nesses dois casos, de acordo com o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, há memorandos de entendimento em vigor e o ministério tenta fechar os contratos em definitivo.

Já a CoronaVac – cujo laboratório desenvolvedor, o chinês Sinovac, não é citado em nenhum momento, com a vacina sendo atribuída apenas ao Instituto Butantan- é citada, ao lado de outras três empresas, a indiana BharatBiotech, a russa Gamaleya e a americana Moderna, entre aquelas com as quais o governo tem memorandos de entendimento, mas sem ainda previsão de aquisição.

Pazuello, no entanto, garantiu que o governo mantém as conversas com o Butantan e aguarda os resultados da Fase 3 dos estudos clínicos da CoronaVac. “Estamos torcendo para que tudo dê certo para que nós possamos comprar toda produção que se fizer necessária do Butantan para incorporar ao SUS e fazermos a vacinação”.

A previsão do início de uma vacinação continua se mantendo a partir de fevereiro. O ministro calcula que, se for mantida a previsão atual, de AstraZeneca e Sinovac apresentarem os pedidos de registro à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) em dezembro, será possível disponibilizar a vacina em meados de fevereiro.

O plano, no entanto, não tem data prevista para o início da imunização no país. A alegação do governo é que isso só poderá ser dado quando se souber quando a Anvisa dará os registros às vacinas.

Termo de consentimento – O ministro da Saúde também encerrou a discussão sobre a necessidade de quem receber a imunização no país ter que assinar um termo de responsabilidade para poder tomar uma vacina que tenha obtido registro definitivo junto à Anvisa.

“Eu queria deixar isso muito claro: não será exigido termo algum nos postos de vacinação para nenhum brasileiro quando nós disponibilzarmos as vacinas registradas, seguras e garantidas pela Anvisa”, disse Pazuello, acrescentando que, no que depender do governo, a vacinação não será obrigatória. (Reuters)

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