Adriana Calcanhoto e mais 200 artistas celebram Praça Sete neste fim de semana

A Praça Sete, conhecida por ser o coração pulsante de Belo Horizonte, será transformada em palco vibrante de expressão cultural com a estreia do Festival Viva a Praça Sete. Com programação especial entre hoje (25) e domingo (27), o evento ocupa o espaço urbano, integrando ruas, equipamentos culturais e o comércio adjacente em uma celebração multifacetada.
Na agenda do evento, quarenta atrações e cerca de duzentos artistas, abrangendo shows, teatro, dança, circo, performances e mostras de arte urbana. Um dos principais destaques é a apresentação gratuita da compositora e cantora gaúcha Adriana Calcanhoto, que ocupará o cruzamento das avenidas Afonso Pena e Amazonas no início da noite deste domingo (27), marcando o encerramento do festival.
“A Praça Sete é a mais importante, mais pulsante e mais diversa da nossa Belo Horizonte e há muito precisava de um evento que irradiasse essa vocação de espaço de arte e pluralidade. Esse é o objetivo do Festival Viva a Praça Sete”, considera o idealizador, Rafael Araújo.
Segundo ele, um palco será montado no quarteirão fechado da rua dos Carijós, ao lado do Cine Theatro Brasil Vallourec, para receber outras apresentações de música e de teatros. No sábado, por exemplo, haverá o espetáculo teatral “Aperte o Play e Só Ria”, com Carlos Nunes e Kayete, além de uma roda de samba no fim do expediente com a cantora Manu Dias e convidados.
Ainda no sábado, na hora do almoço, Ilvio Amaral e Maurício Canguçu apresentam a comédia “Velório à Brasileira”; no fim da tarde, a animação fica por conta do Baile da Dri e da banda do bloco Chama o Síndico.
Em frente ao Cine Theatro Brasil Vallourec, um segundo palco compõe a programação. Neste, a arte urbana reúne quinze apresentações de artistas e coletivos de música, sob a curadoria de Carolina Serdeira e Roger Deff. Em paralelo, visitas guiadas ao prédio do Cine Theatro Brasil serão realizadas todos os dias do festival, às 10h e às 13h.

O P7 Criativo, hub de tecnologia e inovação, também terá novidades. O equipamento apresentará uma mostra de curtas-metragens brasileiros. Já o Sesc Centro de Atendimento ao Turista – Mercado das Flores, em frente ao Parque Municipal, será o ponto de encontro para as visitas guiadas que serão realizadas por quarteirões e prédios icônicos da Praça Sete e região. Para essas atividades, será necessário realizar inscrições pelo link.
Segundo Rafael Araújo, numa mobilização fomentada pelo Sistema Fecomércio MG com os sindicatos empresariais, cerca de 300 lojistas do entorno da praça vão decorar suas vitrines com a temática Viva a Praça Sete. O intuito é envolver todos os atores que dão vida e sentido à história desse símbolo belo-horizontino.
“A Praça Sete é diversa, cheia de cores, de sons, de novidades, de eventos extraordinários e da vida comum. É centro comercial, é arquitetura icônica, é ponto de encontro para manifestação popular, para celebrar a conquista de campeonatos, para a vida noturna. A Praça Sete é um espaço tão importante e especial para a nossa cidade, que pede uma reverência à altura: em forma de festa”, conclui Araújo.
O festival foi viabilizado por meio da Lei Municipal de Incentivo à Cultura de Belo Horizonte, Lei Estadual de Incentivo à Cultura de Minas Gerais e Lei Federal de Incentivo à Cultura.
História do obelisco: inspiração norte-americana
De acordo com os registros oficiais da Prefeitura de Belo Horizonte (PBH), a Praça Sete, antes chamada de 14 de Outubro, teria um obelisco que foi encomendado para as comemorações do Centenário da Independência do Brasil, em 1922.
“Naquele ano, foi realizado um concurso e o projeto do monumento de granito do arquiteto Antônio Rego foi selecionado. Em 7 de setembro de 1922 foi apresentada a Pedra Fundamental e anunciada a obra do obelisco”, resgata os detalhes o diretor do Arquivo Público da Cidade de Belo Horizonte (APCBH), Yuri Mesquita.
Segundo o pesquisador, o obelisco esteve em obra por quase dois anos até chegar a data da solenidade oficial. “A inauguração do monumento aconteceu em 7 de setembro de 1924. O obelisco tem quase 14 metros de altura e foi inspirado no Monumento a George Washington, que fica em Washington, D.C., capital dos Estados Unidos”, informa.
Mas houve percalços no caminho. O obelisco foi transferido para a Praça da Savassi (Praça Diogo de Vasconcelos) em 1963, onde permaneceu por 17 anos. Só depois de finalizadas as obras de modernização da Praça Sete é que o monumento retornou para o centro da cidade, onde permanece como marca registrada de BH.
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