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Cine Humberto Mauro exibe curtas premiados; veja a programação

As exibições acontecem a partir da próxima quinta-feira (22) e até sábado (24), sempre com início às 19h
Cine Humberto Mauro exibe curtas premiados; veja a programação
Crédito: Sara Pinheiro e Pablo Lamar

Criado em 2013, o Prêmio Humberto Mauro – Curtas de Invenção (anteriormente chamado de Prêmio BDMG Cultural/FCS de curta-metragem de baixo orçamento) é uma parceria entre a Fundação Clóvis Salgado (FCS) e o BDMG Cultural, implementada por meio de um edital que já reconheceu mais de 60 realizadores mineiros e viabilizou curtas-metragens que foram premiados em festivais nacionais e internacionais. A rica produção destacada no rol de ganhadores de 2023 chega agora à tela do Cine Humberto Mauro, em uma mostra que apresentará ao público a diversa e inventiva produção cinematográfica contemporânea feita em Minas Gerais. As exibições acontecem a partir da próxima quinta-feira (22) e até sábado (24), sempre com início às 19h. A entrada no Cine Humberto Mauro (avenida Afonso Pena, 1.537, Centro) é gratuita, com retirada de ingressos a partir de uma hora antes de cada sessão.

Com sessões comentadas, a programação inclui “Caracol”, de Giulia Puntel de Souza; “Nessa Rua passa um Rio”, de Maria Clara de Almeida Costa; “Rebento”, de Vitor Faria; “Filme-quebrado”, de Fábio Narciso; “Filme-chama”, de Gabriela Luíza e Tiago Mata Machado; “Estudo para uma pintura o lavrador de café”, de Warlei Desali; “Altar”, de Carolina Fonseca Saldanha; “Hemisfério Esquerdo em Fissuras”, de Caroline Cavalcanti, Julia Teles e Walter Gam; “Ponto e Vírgula”, de Jéssica Marques e Luiz Vidigal; “Conto Anônimo” (foto), de Sara Pinheiro e Pablo Lamar; “Melhor de três”, de Fábio Narciso; e “Trap pesadelo, o manifesto”, de Marco Antônio Pereira.

Na 8ª edição do edital, o desafio de pensar um cinema de invenção, voltado à produção experimental, surgiu como um estímulo aos processos criativos cujas propostas estéticas e conceituais utilizassem meios de produção de baixo custo, popularizados com o acesso à tecnologia digital.

Dentro do universo de filmes inscritos nesta edição, a Mostra Prêmio Humberto Mauro apresenta a produção de Belo Horizonte e de cidades do interior mineiro (Cordisburgo, Januária e Lagoa Santa) que trouxeram propostas inventivas e instigantes. “Entre os selecionados, chamou a atenção o emprego diversificado da voz over para a narração ou a construção de discursos sobre diferentes temas sociais. A exploração da baixa lapidação ou qualidade das imagens e da própria construção narrativa foi percebida como forma interessante de criação de sentido nos diferentes filmes escolhidos, muitos francamente implicados/preocupados com questões existenciais e políticas envolvendo as personagens e/ou os/as próprios/as autores/as”, explica Vitor Miranda, gerente de Cinema da Fundação Clóvis Salgado.

Os filmes que serão exibidos vão de relato sinceros e inventivos sobre o fazer audiovisual ao uso de uma linguagem contemporânea para concretizar o gesto tradicionalmente mineiro de contar um causo, passando ainda pela utilização da sobreposição de imagens em transparência, da fragmentação narrativa e da experimentação sonora como formas de traduzir traumas, perturbações e lesões físicas adquiridas em contextos de luta política.

Clássicos

Para marcar a mudança do nome do edital, serão exibidos também três curtas dirigidos por Humberto Mauro, o diretor mineiro que foi responsável pela produção de inúmeras obras inventivas e que inspiraram gerações de cineastas ao longo do século XX. Os clássicos “O João de Barro” (1956), “A velha a fiar” (1964) e “Carro de bois” (1974) serão projetados antes dos filmes estreantes, propondo uma viagem no tempo do cinema mineiro do clássico ao contemporâneo.

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