Escolas em Minas Gerais aderem ao ‘Programa Na Real’ para combate ao alcoolismo

Realizado desde 2019, o último levantamento sobre consumo de álcool na adolescência no Brasil indica um aumento de 63,2%. A Pesquisa Nacional de Saúde Escolar (Pense) ainda não atualizou os dados, porém é projetado que a experimentação de álcool tenha avançado consideravelmente devido à pandemia de Covid-19, que concentrou o consumo da bebida dentro dos lares.

Desde 2019 também existe no Brasil o Programa Na Real, criado por meio de uma parceria entre o Instituto Aliança e a maior fabricante de bebidas destiladas e cervejas do mundo, a britânica Diageo. Dessa junção, nasceu um dos mais respeitados projetos educativos e sociais de conscientização sobre o consumo de álcool no País. No entanto, o programa trabalha esta abordagem com um direcionamento que deseja impactar os adolescentes e jovens pelo País.

Atualmente, o projeto é desenvolvido em São Paulo, Rio de Janeiro, Ceará, Bahia, em outros cinco estados e no Distrito Federal. Em Minas Gerais, o programa está ativo há quatro meses e já percorreu instituições escolares e sócio-educativas em Ubá, na Zona da Mata; Pará de Minas, na região Central; Nova Lima e Contagem, na Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH), além da capital mineira, conforme explica a coordenadora estadual, Cláudia Villela.

Uma orientação educativa para que os jovens saibam fazer escolhas

“O ‘Na Real’ acredita muito na frase de que conhecer é poder. Por isso, é pelo conhecimento que queremos tratar de um assunto muito importante diante de uma realidade que é expressiva entre os jovens no País. O Programa Na Real não tem como objetivo ser uma lição de moral. Muito pelo contrário, ele tem uma missão educativa, reflexiva, interativa e social não somente em escolas, mas em qualquer lugar que exista um grupo de jovens. A gente fala mais com escolas, pois são ambientes onde existe uma maior concentração de jovens”, explica a coordenadora estadual.

Cláudia Villela pontua que a meta do programa, a nível nacional, é atingir 158 municípios até o segundo trimestre de 2024. “Aqui em Minas, estamos com a expectativa de levar os nossos encontros ainda neste ano para as cidades de Sete Lagoas, Betim, Caeté, Lagoa Santa, Pedro Leopoldo, e tantas outras que desejam aderir ao Programa Na Real”, espera. “Com efeito, o consumo de álcool causa modificações neuroquímicas, com prejuízos na memória e no desenvolvimento de habilidades. Contudo, usamos da educação reflexiva e por meio das estatísticas para transformar vidas. E, olha que legal: é algo acessível e totalmente de graça”, pontua.

Todas as unidades do Programa Na Real pelo Brasil recebem recursos da fabricante de bebidas Diageo e os valores são distribuídos para os estados de acordo com o número de jovens atendidos.

Como levar o programa para a sua escola ou instituição social?

Os gestores escolares ou de instituições sociais e filantrópicas que desejam reservar uma data com o Programa Na Real, podem contar com o encontro no formato presencial com a apresentação de um teatro educativo, ou com a exibição de um curta-metragem.

Em todos os encontros, cujo tempo médio de apresentação e debate pode chegar a uma hora e meia, há também a aplicação de pré-testes e pós-testes que são utilizados para coletar informações, a fim de colaborar para a construção de um panorama sobre a realidade do consumo de álcool no Estado.

Para o agendamento de apresentações, o Programa Na Real, em Minas, os interessados podem fazer o contato pelo telefone (31) 9 8726-2547 ou diretamente com a coordenadora em Minas pelo Instagram: @claudiaeduca.

As premissas do Programa Na Real também estão alinhados com o Movimento Minas 2032 (MM 2032) – pela transformação global. Liderado pelo DIÁRIO DO COMÉRCIO, a iniciativa propõe uma discussão sobre um modelo de produção duradouro e inclusivo, capaz de ser sustentável, e o estabelecimento de um padrão de consumo igualmente responsável, com base nos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), promovidos pela Organização das Nações Unidas (ONU).