Variedades

“Quem Vai Ficar com Juca?” estreia em BH

Peça estrelada por Ellen Rocche, Guilherme Chelucci e André Kirmayr fará três apresentações no Teatro Feluma
“Quem Vai Ficar com Juca?” estreia em BH
Crédito: Leekyung Kim

Um casal em crise, rumando para a iminente separação, se depara com um dilema perturbador: quem vai ficar com Juca, o simpático doguinho caramelo que integra a família? A partir desta situação, uma série de desdobramentos surpreendentes se materializa, ao ponto de o cachorro, cuja guarda é disputada, ganhar voz e pedir a palavra para tentar colocar ordem na casa. É destes insólitos e divertidos acontecimentos que parte o espetáculo “Quem Vai Ficar Com Juca?”, comédia romântica escrita por Danilo Thomaz, Fernando Cardoso e Nicole Puzzi, que traz no elenco Ellen Rocche, Guilherme Chelucci e André Kirmayr (como o cachorro).

Após a estreia nacional em agosto, o espetáculo saí em turnê pelo País. Em Belo Horizonte, a montagem faz três apresentações, na sexta-feira (8) e sábado (9), às 20h, e no domingo (10), às 19h, no palco do Teatro Feluma (alameda Ezequiel Dias, 275,- 7º Andar, Centro). Os ingressos custam R$ 80,00 (inteira) e R$ 40,00 (meia) e estão à venda pela Sympla.

Dirigida por Fernando Cardoso, a peça traz Ellen Rocche e Guilherme Chelucci vivendo o casal Augusta e Otávio, que após anos felizes veem o relacionamento desmoronar e decidem se separar. Por mais difícil e sofrida que esta decisão seja para ambos, eles administram as emoções e mantém o respeito e diálogo civilizado até que se deparam com a pergunta que dá título à montagem: “Quem vai ficar com Juca?”. É aí que o relacionamento azeda de vez e o conflito entre os dois explode.

A briga do casal e a intervenção canina é o ponto de partida para um espetáculo que vai além desta divertida e insana história, como conta o diretor Fernando Cardoso – que também é autor do texto, criado em parceria com a atriz, autora e roteirista Nicole Puzzi e o jornalista e escritor Danilo Thomaz.

“O espetáculo tem vários desdobramentos: é uma comédia leve, uma diversão para a família, mas outras camadas vão surgindo, questionando as nossas relações. Os cachorros são 100% o que eles são. No texto, o Juca tem uma fala que em ele diz ‘eu sou um cachorro e serei sempre um cachorro e nunca vou te decepcionar. Quando você chegar, eu estarei aqui, sendo um cachorro’. E nas nossas relações a gente muda, um dia somos uma coisa, depois outra. Uma outra provocação que o espetáculo traz que é estamos deixando de nos comunicar. A facilitação da comunicação via internet tem benefícios imensos, mas por outro lado, as pessoas nunca estiveram tão distantes. O Juca tem uma outra fala que traz essa reflexão: ‘eu tenho mais seguidores do que vocês juntos, mas os meus seguidores são de carne e osso.’ Então, a peça tem um olhar sensível para esse outro lugar, para as nossas relações. Seja a relação entre dois seres humanos, seja com um pet”, afirma Cardoso.

Diante de muita roupa suja lavada em público pelo futuro ex-casal, com o tempero das pequenas tragédias da vida a dois, o estopim da confusão resolve começar a falar. Juca, interpretado por André Kirmayr, resolve ir além dos latidos, lambidas e olhares pidões e solta a voz, como um humano, para mostrar que ele parece ser a única pessoa com bom senso naquela casa. Como não concorda com a separação, o simpático pet resolve fazer o possível e o impossível (como conversar na língua dos homens) para tentar unir Augusta e Otávio novamente. Uma sequência de acontecimentos surpreendentes começa a se desenrolar, enquanto Juca usa toda sua empatia, amor incondicional e alegria na tentativa de tornar claro aos dois o que para ele é evidente: eles ainda se amam e o casal merece mais uma chance.

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