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Sérgio Pererê homenageia Milton Nascimento

Apresentação acontece no sábado (24), às 20h, no Espaço Cênico Yoshifumi Yagi/Teatro Raul Belém Machado
Sérgio Pererê homenageia Milton Nascimento
Crédito: Tamás Bodolay

Não é segredo que Sérgio Pererê tem em Milton Nascimento umas de suas grandes referências musicais. Mais que isso, Bituca guarda importância singular na trilha sonora biográfica do multiartista mineiro. Homenageá-lo, então, foi algo natural para Pererê, que em 2021, durante o período de isolamento social da pandemia da Covid-19, realizou o espetáculo “Canto Negro para Milton Nascimento”, gravado em quatro dias, no Teatro do Centro Cultural Unimed-BH Minas, com banda e dez convidados, e transmitido pelo YouTube.

Agora, Sérgio Pererê mostra ao público de Belo Horizonte, pela primeira vez, o show que ressalta a africanidade da obra de Bituca e será lançado como disco, em breve, nas plataformas digitais. Com participações das cantoras e instrumentistas Nath Rodrigues e Thamires Cunha, a apresentação acontece no sábado (24), às 20h, no Espaço Cênico Yoshifumi Yagi/Teatro Raul Belém Machado (rua Jauá, 80, Alípio de Melo). Os ingressos antecipados estão esgotados, mas serão liberadas entradas extras na hora do show.

Segundo o multiartista mineiro, o show “Canto Negro para Milton Nascimento” surgiu, à época da pandemia, da vontade de levar paz aos corações dos internautas naquele momento difícil da história e de sua incessante reverência por Bituca. “Acredito que Milton Nascimento deve ser sempre homenageado.

Por mais que tenha nascido no Rio, é um dos maiores cantores mineiros de todos os tempos. “É um ouro de Minas”, afirma. “Milton faz parte da minha vida há muito tempo. Da minha vida pessoal e também da minha família. E, claro, da minha carreira. Tive a oportunidade de cantar com ele no Lincoln Center, em Nova York, em 2006. Nesse mesmo ano, fiz a peça ‘Bituca – O Vendedor de Sonhos’, que apresentamos no Rio de Janeiro’, e Milton foi assistir. Foram momentos emocionantes, que só aumentaram sua importância para mim”, completa Pererê, que gravou uma versão de “Promessas do Sol” em seu mais recente álbum, “História do Mundo” (2023).

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O músico ressalta que a ideia, agora, é trazer para os palcos – com a plateia cheia – “um show que existe, mas que não foi mostrado”. “Fiz algumas coisas neste formato, por conta da pandemia, gravadas com teatro vazio e transmitidas pela internet. São materiais que acabaram não circulando de verdade e que, por isso, não criamos intimidade no palco. Fazer este lançamento agora é importante para mim, para os músicos e, principalmente, para o público”, afirma, destacando os músicos que o acompanham no palco.

“Estou com a mesma banda que gravou o show de 2021, formada por Acauã Ranne, na guitarra; André Siqueira, nas flautas e pífanos; Camila Rocha, nos contrabaixos acústico e elétrico; Débora Costa, nas percussões; e Richard Neves, nos teclados. Neste show de agora, Daniel Guedes também soma nas percussões, junto com a Débora”, ressalta.

Repertório

Como o título aponta, “Canto Negro para Milton Nascimento” traz um repertório que enfoca a relação das canções de Bituca com a África – destacadas pelos novos arranjos da banda e pelas nuances vocais de Pererê. “As músicas que compõem o show trazem essa africanidade da obra de Milton Nascimento.

Ressaltam determinadas células rítmicas, revelam um caráter especial desse canto negro”, afirma Pererê.

Na lista, entram canções como “Pai Grande”, “Cravo e Canela”, “Bola de Gude, Bola de Meia”, “Maria Maria”, “Morro Velho”, “Cio da Terra”, “Canção do Sal”, “San Vicente” e “Travessia”. “O resultado do show gravado foi tão rico que pareceu destinado a ser ressignificado e reapresentado no futuro. Por isso, este show de agora e o lançamento das faixas como disco nas plataformas digitais, que deve acontecer em breve”, afirma Pererê.

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