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Série de debates foca na cultura africana

Série de debates foca na cultura africana
Crédito: Tizumba - Ph Belisario Tonsich

O 13 de maio, Dia da Abolição da Escravatura no Brasil, é a data escolhida pela Associação Cultural Tambor Mineiro para dar início a uma série de discussões que enaltecem as manifestações culturais de matriz africana, especialmente o congado. A partir da próxima quinta-feira e até 17 de maio,  importantes convidados de Minas Gerais falam sobre o reinado negro e a importância do 13 de maio para o povo mineiro, em mesas de debate mediadas por Maurício Tizumba (foto); além de oficinas ministradas por integrantes do Tambor Mineiro, com acesso virtual e gratuito. 

“Nosso objetivo é valorizar e dar visibilidade ao mês de maio, mês de Maria e da Abolição da Escravatura, datas significativas para o Tambor Mineiro, que tem uma história ligada ao congado. Nessa época em que o racismo está aflorando, a gente cria estes debates para avançar nestas discussões em âmbito mundial e na nossa cidade, que tem a manifestação congadeira como uma das mais importantes, além do candomblé e a umbanda”, explica Tizumba.

A programação de debates, com mediação de Maurício Tizumba, terá acesso gratuito pelos perfis no Instagram: @tambormineiro e @mauricio_tizumba. Na quinta-feira, das 20h às 21h, a conversa será com o Capitão Jorge dos Santos, da comunidade quilombola dos Arturos (Contagem). Na, sexta-feira, das 20h às 21h, será a vez de Iara Aparecida Ferreira, fundadora e coordenadora do Terno de Congado Moçambique Estrela Guia (Uberlândia.

No sábado, de 20h às 21h, a conversa será com Pedrina, capitã da Guarda de Moçambique Nossa Senhora das Mercês, benzedeira que está há mais de 50 anos à frente do congado da região Centro Oeste de Minas (Oliveira). No, domingo, de 20h às 21h, a conversa será com a professora a UFMG Leda Maria Martins, também rainha da Guarda de Moçambique do Vale do Jatobá (Belo Horizonte. E na segunda-feira, de 20h às 21h, o encerramento acontece com a presença do músico e compositor Sérgio Pererê.

“O objetivo é discutir com gestores da cultura ligados ao congado mineiro algo além do racismo estrutural que tanto temos ouvido, mas que fica às vezes distante do nosso povo. Este evento é aberto a todos, mas queremos trazer palavras mais próximas às comunidades congadeiras, ao povo negro. O papel do Tambor Mineiro é dar importância, é dar voz a essas manifestações, falar de onde vieram. Queremos não só valorizar, mas dar a visibilidade e honrar esse povo, honrar é fundamental”, acredita Tizumba.

A programação de oficinas terá acesso gratuito, com retirada de ingressos pelo Sympla. Na, quinta e sexta-feira, das 19h às 20h, será realizada a oficina “Pandeiro: Ritmos do Tambor Mineiro”, com Manu Ranilla. Ela vai ensinar notas básicos do pandeiro, ritmos e cantigas que cantadas no Tambor Mineiro. Inscrição pelo link.

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No sábado e domingo, das 14h às 15h, haverá a oficina “Tambores de Maio”, com Maurício Tizumba. Inscrição pelo link.

No domingo, às 12h, será exibido o vídeo “Tia Rosa ensina Receita Africana”, no perfil do Instagram @tambormineiro . E na segunda-feira, de 14h às 16h, será realizada oficina “Som, Corpo e Tambor – uma Experiência Musical”, com Bruno Messias (direcionada a crianças e adolescentes). Inscrição pelo link.

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