Show celebra 65 anos da bossa nova

Amigos e parceiros há muitos anos, Leila Pinheiro, Roberto Menescal & Quarteto celebram juntos, em um show inédito, no palco do Grande Teatro do Palácio das Artes, hoje, às 21 horas, os 65 anos da bossa nova. Os ingressos estão disponíveis na bilheteria e no site Eventim.

A cantora e pianista Leila Pinheiro e o músico, compositor e produtor Roberto Menescal são a bossa nova em máxima potência. No show “Bossa Nova 65 Anos”, Leila (na voz) e Menescal (na guitarra) estão acompanhados por um quarteto de renomados músicos formado por Itamar Assiere (piano/teclado), Marcio Bahia (bateria), Zé Luiz Maia (contrabaixo) e Alexandre Caldi (sax/flauta). Juntos, cantam e tocam o melhor da bossa – seus maiores compositores Tom Jobim, Vinícius de Moraes, Marcos Valle, Carlos Lyra, Johnny Alf, Durval Ferreira e o próprio Menescal dentre outros – e suas grandes canções: eternas, clássicas e sempre modernas, havendo espaço também para algumas surpresas!

Menescal e Leila se conheceram em 1985 quando ele assistiu, pela televisão, ao Festival dos Festivais, que a Rede Globo promovera naquele ano e no qual Leila concorrera. Ao defender o samba ‘Verde’, de Eduardo Gudin e José Carlos Costa Netto, Leila conquista, além do terceiro lugar na classificação geral, o prêmio de cantora-revelação. E Menescal, então diretor artístico da PolyGram (atual Universal Music) a leva para aquela companhia pela qual, no ano seguinte (1986), ela grava seu primeiro LP (“Olho nu”).

Em 1989, atendendo a uma encomenda da Nippon Phonogram (filial japonesa da Polygram) para comemoração do 30° aniversário do gênero musical, Menescal convida Leila para um amplo mergulho nas canções do movimento e gravam juntos o antológico LP “Bênção, Bossa Nova”. Recorde de vendas para o gênero à época (Disco de Ouro no Brasil com 250 mil cópias vendidas), este trabalho, produzido por Menescal, coautor de sucessos como “Ah, se eu pudesse”, “Você” e “O barquinho” (com Ronaldo Bôscoli), resgata a bossa nova no Brasil e destaca o nome de Leila como uma das mais proeminentes cantoras da nova safra da MPB dos anos 80.

Em 2007, Leila e Menescal voltam a gravar juntos, lançando o CD e DVD “Agarradinhos”, filmado e gravado no estúdio de Leila, aos pés do Corcovado, no Rio de Janeiro. Um duo poderoso recheado do melhor da bossa nova e da MPB gravada por Leila até então. Este trabalho inaugura a parceria dos dois em duas faixas: ‘O céu nos protege’ e ‘Luz da natureza’ – Leila é a letrista das duas canções de Menescal.

“Adoro tocar com Menescal. Tenho um prazer especial com isso, que vem da nossa sintonia de vida, muito além da artística. É como se fôssemos um único instrumento: voz, guitarra e piano. Eu faço no piano a batida da bossa e ela se junta ao violão do Menescal, que é a bossa nova. Eu sempre me esbaldo e me delicio. E estar nos palcos com ele novamente, agora pelos 65 anos da nossa amada bossa nova, é muito especial”, diz Leila.

Afinidade musical

“Eu tenho tanta afinidade musical com ela que é capaz de sairmos tocando praticamente os mesmos acordes sem termos combinado. Isso é muito difícil. O que a gente faz é muito natural. Eu gosto muito do cantar da Leila, pela identificação que sinto com ela, que é o que eu procuro. Me lembra o das grandes cantoras, das grandes personagens do auge do jazz dos nos 50. Ouvi-la e dividir o palco com Leila me dá muita satisfação, muita!”, registra Menescal.

Em seus 43 anos de carreira, Leila Pinheiro gravou 23 CDs e três DVDs, tendo acumulado importantes prêmios interpretando o cancioneiro brasileiro clássico, apresentando novos compositores e fazendo releituras de sucessos populares de todos os gêneros, em seus álbuns e shows. O ecletismo e a amplitude do seu talento consagram-na como uma das cantoras de maior prestígio da música brasileira.
Instrumentista, compositor, cantor e produtor, Menescal é um dos pioneiros da bossa nova nos anos 60. Reconhecido por sua importância e contribuição para a música, carrega consigo o Prêmio à Excelência Musical entregue pela Academia do Grammy Latino.