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Tiradentes é a ‘capital’ do cinema até o dia 1º de fevereiro

28ª Mostra de Cinema de Tiradentes vai apresentar ao público a diversidade da produção cinematográfica brasileira em 140 filmes de todas as regiões do País
Tiradentes é a ‘capital’ do cinema até o dia 1º de fevereiro
Histórica e charmosa cidade vai apresentar 62 sessões de cinema que vão acontecer em três espaços; Cine-Praça é um deles e leva filmes ao ar livre para toda a população | Crédito: Divulgação Leo Lara

A histórica Tiradentes vai “respirar” cinema desta sexta-feira (24) até o dia 1º de fevereiro. A 28ª Mostra de Cinema de Tiradentes vai apresentar ao público a diversidade da produção cinematográfica brasileira em 140 filmes de todas as regiões do Brasil – 43 longas, um média e 96 curtas-metragens vindos de 21 estados. De Minas Gerais, por exemplo, são 24 filmes a serem exibidos. De São Paulo, vêm 35, e do Rio de Janeiro, 32. Há também representantes do Amazonas, Paraíba, Pará e Sergipe.

Todos os longas, médias e curtas-metragens serão apresentados em 62 sessões que vão acontecer em três espaços de cinema instalados na cidade: Cine-Praça, Cine-Tenda e Cine-Teatro. Uma gostosa maratona gratuita para os amantes da sétima arte e para o público em geral. O tema em 2025 é “Que Cinema é esse”?

Tem programação também para as crianças na Mostrinha, que visa o entretenimento e a educação como parte das ações do evento em atenção aos moradores de Tiradentes. Serão exibidos, dentre outras atrações. “Dentro da Caixinha – Mundo de Papel” (MG), de Guilherme Reis, e “A Mensagem de Jequi” (MG), de Igor Amin, além de curtas-metragens. Ambos os filmes buscam conectar ou reconectar as crianças aos temas e questão do mundo à sua volta e desperta a atenção delas para a responsabilidade com o contexto no qual vivem.

“A 28ª Mostra de Cinema de Tiradentes reafirma seu papel como plataforma de lançamento do cinema brasileiro contemporâneo e ponto de encontro de cineastas, críticos, pesquisadores, profissionais do audiovisual e da cultura, acadêmicos, estudantes e espectadores. Ocupa lugar de destaque no centro da história do audiovisual e no circuito de festivais realizados no Brasil e oferece um ambiente de negócios, de gestação de parcerias profissionais, de inovação e tendências, de interação crítica no cinema. Um espaço de estímulo à novas produções e, ainda de internacionalização do cinema brasileiro”, destaca a diretora da Universo Produção e coordenadora geral da mostra, Raquel Hallak.

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Programação

A abertura acontece nesta sexta-feira, às 20h30, no Cine-Tenda com a pré-estreia mundial de “Girassol Vermelho”, novo longa-metragem do diretor mineiro Éder Santos, extensão de um de seus trabalhos mais aclamados que se tornou uma ficção protagonizada por um elenco estrelado, formado por Daniel de Oliveira, Chico Diaz e Bárbara Paz.

No sábado, às 10h, começa o 28º Seminário do Cinema Brasileiro com a mesa inaugural apresentando a temática desta edição “Que cinema é esse?” sob a perspectiva dos curadores Camila Vieira, curadora de curta, e Francis Vogner dos Reis, coordenador curatorial, programador e curador de longas.

Para Voger, a pergunta da temática estimula olhar uma multiplicidade de produções, muitas vezes desconhecidas ou fora do circuito tradicional. “O cinema não é ‘o’ cinema, mas ‘os’ cinemas, compostos por uma dinâmica povoada de olhares, práticas e ideias contrastantes. É necessário preservar e restaurar filmes, fazer pesquisa e crítica, programar obras e formar novos públicos. Tudo isso faz parte do ato de ‘fazer cinema’, mas é preciso também reconhecer as distinções e hierarquias dentro dessa multiplicidade”, diz ele.

Além de se espalhar por vários filmes da programação, a temática estará presente em dois títulos específicos: os longas-metragens “Relâmpagos de Críticas, Murmúrios de Metafísicas”, de Julio Bressane e Rodrigo Lima, e “Odradek”, de Guilherme de Almeida Prado.

A programação é muito diversificada com música, artes cênicas, sons, exposições temáticas, lançamentos de livros, cortejos e shows pelas ruas tricentenárias de Tiradentes. É só conferir pelo site mostratiradentes.com.br e pelo Instagram @universoproducao.

Bruna Linzmeyer é a homenageada deste ano

Este ano, a 28ª Mostra de Cinema de Tiradentes homenageia o trabalho da atriz Bruna Linzmeyer, reconhecida por sua versatilidade em papéis marcantes e por sua contribuição ao cinema e ao ativismo de causas sociais e culturais.

Atriz Bruna Linzmeyer
Atriz homenageada, Bruna Linzmeyer é reconhecida por sua versatilidade em papéis marcantes tanto no cinema quanto na TV | Crédito: Divulgação Clara Cosentino

Uma retrospectiva de alguns de seus trabalhos consta na programação e inclui os seguintes filmes: “O Vento Frio que a Chuva Traz”, Neville d’Almeida; “Cidade; Campo” (2024), Juliana Rojas; “Baby” (2024), Marcelo Caetano; “Notícia Populares (episódio 6)”, Marcelo Caetano; “Uma Paciência Selvagem me Trouxe até Aqui” (2021), Eri Sarmet; “Se Eu to Aqui é por Mistério” (2024), Clari Ribeiro; “Medusa” (2021), Anita Rocha da Silveira; “O Filme da Minha Vida” (2017), Selton Mello; “O Grande Circo Místico” (2018), Cacá Diegues; além de “Alfazema” (2019), Sabrina Fidalgo.

Bruna Linzmeyer é um dos principais nomes de uma geração de atores e atrizes que ascenderam no início da segunda década dos anos 2000, quando a televisão aberta, para fazer frente à diversificação dos produtos audiovisuais estrangeiros, experimentou uma renovação de temas e formas na sua teledramaturgia. O mercado de cinema vivia também um aquecimento estimulado pelas políticas públicas e por uma razoável circulação internacional. Bruna é tanto uma popular atriz de TV quando uma artista que trafegou por diferentes projetos de cinema, aportando mais recentemente no jovem cinema independente brasileiro.

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