Variedades

VIVER EM VOZ ALTA | Um quarto de século da CPLP

VIVER EM VOZ ALTA | Um quarto de século da CPLP

Com lançamento em Belo Horizonte marcado para o dia 20 de agosto, sábado, às 11 da manhã, na sede da Academia Mineira de Letras (AML), “Nos vinte e cinco anos da CPLP” (livro organizado pelo embaixador Lauro Moreira e por mim) também será lançado em Brasília, em 28 de setembro, na sede da Embaixada de Portugal no Brasil, sob os auspícios do embaixador Luís Faro Ramos, cuja sensibilidade para os temas relacionados à Comunidade dos Países de Língua Portuguesa é inegável. Um terceiro lançamento deverá ocorrer no Rio de Janeiro, ainda no segundo semestre, e um quarto em Lisboa, no começo do ano que vem, com o apoio do Observatório dos Países de Língua Portuguesa.

 Em duzentas e oitenta e cinco páginas, a obra – editada pela Del Rey (do eficiente Arnaldo Oliveira) – reúne quinze textos sobre a organização fundada em 1996 para fortalecer as relações entre os países que têm o português como idioma oficial: Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné Bissau, Guiné Equatorial, Portugal, Moçambique e São Tomé e Príncipe. Nenhum dos aspectos de sua história ou de seu funcionamento foi negligenciado. A memória de sua fundação foi recuperada pelo professor Caio Boschi, vice-presidente da AML, que presenciou os momentos decisivos de seu nascimento. A sua evolução institucional foi objeto de estudo do embaixador Gonçalo de Barros Carvalho e Mello Mourão, antigo representante brasileiro junto à Comunidade. Os contornos de suas políticas de cooperação foram detalhados por Manuel Clarote Lapão. A educação e a cultura no âmbito da CPLP ganharam destaque no ensaio de autoria de Mário Máximo. O Instituto Internacional da Língua Portuguesa, sediado na Cidade da Praia, em Cabo Verde, teve sua estrutura esmiuçada pelo professor Gilvan Muller de Oliveira, que, com brilho, comandou a entidade entre 2010 e 2014.

 Na segunda parte do volume, os leitores encontrarão reflexões sobre como as diferentes nações lusófonas têm participado da vida da CPLP. Luís Kandjimbo escreveu sobre Angola; Vera Duarte, sobre Cabo Verde; Domingos Simões Pereira dissertou sobre a Guiné-Bissau; Murade Murargy avaliou a interação entre a Comunidade e Moçambique. A experiência portuguesa foi examinada pelo Embaixador Francisco Ribeiro Telles; a de São Tomé e Príncipe ficou a cargo de Maria do Carmo Trovoada Silveira, e a do Timor-Leste foi o foco de Maria Ângela Carrascalão.

 Homenagem a dois dos mineiros mais ligados às coisas da Lusofonia, o livro ainda inclui um artigo de José Anchieta da Silva sobre Ricardo Arnaldo Malheiros Fiúza, antigo assessor judiciário das Nações Unidas para o Timor-Leste e outro, do acadêmico Ângelo Oswaldo de Araújo Santos, sobre José Aparecido de Oliveira.

O conteúdo continua após o "Você pode gostar".


 Sobre Aparecido, em nota introdutória, o embaixador Lauro Moreira e eu escrevemos: “Fruto do espírito visionário do embaixador José Aparecido de Oliveira, (…) a comunidade consolidou-se graças à inteligência e ao empenho de corpo expressivo de vários intelectuais, diplomatas e estadistas, todos comprometidos com a causa do idioma de Camões, Machado e Craveirinha, e cientes de seu poder e seu impacto sobre a vida, a economia e a cultura dos territórios nos quais se faz presente”.

Rádio Itatiaia

Ouça a rádio de Minas