Cena cultural de Minas Gerais ganha reforço com parceria entre Sesi Minas e Codemig

O Sesi Minas, do Sistema Fiemg, e a Companhia de Desenvolvimento Econômico de Minas Gerais (Codemig) formalizam, nesta sexta-feira (5), o Acordo de Cooperação Técnica que visa integrar a gestão compartilhada de espaços cruciais para a cultura no Estado: a Sala Minas Gerais e o Espaço Mineiraria.

Os dois espaços estão situados no Centro Cultural Presidente Itamar Franco, no Barro Preto, região Centro-Sul da Capital.

Segundo o presidente da Federação das Indústrias de Minas Gerais (Fiemg), Flávio Roscoe, essa colaboração estratégica tem como objetivo a promoção e a valorização da diversidade cultural mineira. O local, inclusive, é considerado o palco principal das apresentações oficiais da Orquestra Filarmônica de Minas Gerais.

“Para essa junção em prol da cultura de Minas Gerais nós temos inúmeras possibilidades a fazer. Aqui, acontecem, em média, 50 apresentações ao ano, e pretendemos explorar as potencialidades de eventos para elevar o número de visitantes. O Palácio da Artes tem 2 milhões de visitantes ao ano e a Sala Minas Gerais, apenas 40 mil. No entanto, há um potencial enorme de valorização desse espaço e o nosso objetivo é começar a fazer isso a partir de junho”, diz Roscoe.

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Valendo já a partir deste mês e com duração estimada em 60 meses, o acordo estabelece a coadministração não apenas da Sala Minas Gerais e do Espaço Mineiraria, mas também dos três níveis de estacionamentos anexos.

Ainda segundo o presidente do Sistema Fiemg, a parceria permitirá ao Sesi Minas a exploração comercial desses locais para a realização de eventos culturais, mantendo a propriedade dos espaços sob a responsabilidade do governo mineiro, por meio da Codemig.

Veja vídeo da celebração da parceria:

Confira as iniciativas previstas para os espaços:

• Utilização da Sala Minas Gerais para apresentações de destaque da Orquestra Filarmônica e da Orquestra Sesiminas.
• Condução de grandes produções musicais nacionais e internacionais, espetáculos variados, eventos corporativos e celebrações empresariais.
• Já no ambiente externo, estão previstos festivais abrangendo música, gastronomia, literatura, teatro e empreendedorismo com estímulos de ações internas do Sesi.
• O Espaço Mineiraria irá abrigar uma escola de Gastronomia do Senai, além de eventos sociais diversos.

Maior fluxo comercial deve reduzir custo de manutenção

Segundo o presidente da Fiemg, Flávio Roscoe, os custos de manutenção da Sala Minas Gerais, atualmente, variam entre R$ 4 e R$ 5 milhões ao ano.

“Este é um custo bastante elevado para um espaço pouco utilizado. O que adianta, por exemplo, um empresário querer abrir aqui uma lanchonete se só há três horas semanais de comércio? Com essa parceria, investimentos em novas atrações, eventos e programação diária, esse custo será muito reduzido, pois haverá um fluxo comercial maior”, afirma o presidente.

Para o secretário de Estado de Cultura e Turismo de Minas Gerais, Leônidas Oliveira, a chegada do Sesi Minas vai dar para a Sala Minas Gerais e para a Filarmônica uma maior tranquilidade para a gestão do espaço.

“As ações da Filarmônica continuam, e nós temos um contrato de gestão de R$ 9,5 milhões, que todos os anos, repassamos ao Instituto Filarmônica. Esse conjunto é quase uma cidade das artes, pois nós temos ainda a Mineiraria, cozinha mineira contemporânea que é um edifício que foi restaurado e que há nove anos estava sem uso. Nós temos no meio a EMC (estúdios da Rede Minas e Rádio Inconfidência) e, agora, a Sala Minas Gerais, que vai abraçar novos usos, como é o exemplo da Sala São Paulo, na capital paulista, entre outras que temos mundo afora,” pontua.

Complementarmente, o Sesi Minas administra, em Belo Horizonte, o Centro Cultural Sesiminas BH, que engloba o Teatro Sesiminas BH e o Teatro de Bolso Sesiminas, além do Sesi Museu de Artes e Ofícios, reiterando o compromisso da entidade com a cultura e a educação.