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VIVER EM VOZ ALTA | “Parque Industrial”, de Patrícia Galvão

VIVER EM VOZ ALTA | “Parque Industrial”, de Patrícia Galvão
Crédito: Freepik

Escrito entre 1931 e 1932, quando a autora contava com apenas vinte e dois anos, mas lançado somente em 1933, “Parque Industrial” é o livro de estreia de Patrícia Galvão, a Pagu, que o assinou sob o pseudônimo de Mara Lobo. O volume foi considerado o primeiro romance proletário do país, e, nas palavras do professor Kenneth David Jackson, da Universidade de Yale, que o traduziu para o inglês, ‘representa singular contribuição ao realismo social dos anos 1930. A partir de um interesse feminista por problemas sociais urbanos, este romance apresenta e documenta o papel da mulher no contexto de um ambiente social e cultural opressivo e hostil. “Parque Industrial’ é também singular entre os romances sociais dos anos 1930 devido a sua perspectiva urbana e proletária; trata-se de um romance marxista e feminista que critica e retrata os problemas humanos do desenvolvimento industrial.’

Um dos mais conceituados críticos da época em que “Parque Industrial” apareceu, João Ribeiro opinou: “É um livro de grande modernidade pelo assunto e pela filosofia, que podemos depreender dos seus veementes conceitos. Trata-se da vida proletária, que vive ou vegeta sob a pressão das classes dominadoras. É, pois, um libelo, sob a forma de romance, que é sempre mais adaptável à leitura e à compreensão popular”.

Em sua famosa “Autobiografia Precoce”, é a própria Pagu quem escreve sobre sua obra: “Pensei em escrever um livro revolucionário. Assim, nasceu a ideia de “Parque Industrial”. Ninguém havia ainda feito literatura nesse gênero. Faria uma novela de propaganda que publicaria com pseudônimo, esperando que as coisas melhorassem. Não tinha nenhuma confiança nos meus dotes literários, mas como minha intenção não era nenhuma glória nesse sentido, comecei a trabalhar”.

Escrito em estilo que já pode ser considerado de inspiração ‘modernista’, pelas frases diretas, pelo ritmo, pela velocidade, pela extrema visualidade, pelas cenas curtas, pelo resgate da linguagem utilizada nas ruas, pelo povo, “Parque Industrial” elege as mulheres (e as operárias, sobretudo), como suas protagonistas. Rosinha Lituana e Otávia são trabalhadoras que se mobilizam pelos seus direitos. Eleonora é a normalista que procura um modo de ascender socialmente, mas que não abre mão de viver seu desejo pela amiga Matilde. Ming é a empregada chinesa de Alfredo Rocha, que dela se aproveita sexualmente. Corina é a mulher que sofrerá ainda mais que as outras, por ser negra. Solteira, engravida de um homem que não quer nada com ela. No parto, perde o bebê e é acusada de matá-lo, acabando presa.

Ousado e corajoso, a “Parque Industrial” se seguiu, em 1945, “A famosa revista”, escrito em parceria com Geraldo Ferraz, o segundo marido de Pagu (depois de Oswald de Andrade). Múltipla, a escritora ainda se dedicou à literatura policial, redigindo contos que depois foram reunidos no volume “Safra macabra”. Incansável, foi crítica de arte, tradutora e jornalista, escrevendo por décadas na imprensa brasileira. No momento em que celebramos os principais nomes do Modernismo brasileiro, nada mais importante que rememorar a impressionante trajetória de Pagu, por tanto tempo esquecida ou negligenciada.


O que é Segurança Energética?

São medidas adotadas para evitar a falta do abastecimento de energia, provocada por fatores como a escassez hídrica e até mesmo dificuldades inerentes aos tipos de fornecimento. Associada a essas medidas está a segurança na disponibilidade de energia adequada, de qualidade e a preços acessíveis.

O que é o desafio energético?

Conforme o Instituto de Estudos Avançados da Universidade de São Paulo, em seu portal on-line, em citação a Thomas B. Johansson, “os desafios energéticos incluem fornecer serviços energéticos para o bem-estar de uma população mundial crescente, facilitar o acesso a formas de energia modernas e que permitam à população pobre sair dessa condição, criar um nível razoável de segurança energética (energia a preços acessíveis e sem interrupções graves) e mitigar as mudanças climáticas e seus efeitos”.

Quais os próximos eventos sobre Segurança Energética?

“O desafio da Segurança Energética” é um evento on-line gratuito que ocorrerá no dia 16 de março de 2022, com transmissão via plataforma Youtube. Na ocasião, profissionais qualificados e renomados do setor discutirão sobre os caminhos a serem percorridos para garantir o fornecimento de energia elétrica seguro.

A Sociedade Mineira de Engenheiros (SME) é a instituição realizadora do evento, que tem correalização do jornal Diário do Comércio — veículo de imprensa de Minas Gerais quase centenário e especializado em economia, gestão e negócios.

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Segue abaixo a programação do evento on-line “O desafio da Segurança Energética”.

Evento sobre energia elétrica
Arte: Diário do Comércio
Rádio Itatiaia

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