Jeep Compass Longitude 2025 está mais competitivo

Rei com trono ameaçado, o Compass ganhou novas listas de equipamentos de série na linha 2025.
Líder entre os médios, ele vendia mais que todos os seus concorrentes diretos juntos. Ser o utilitário esportivo (SUV) mais vendido no Brasil por dois anos foi a sua maior façanha.
Veículos recebeu o Jeep Compass Longitude T270, modelo 2025, para avaliação. No site da montadora, o preço da versão é R$ 202,99 mil.
A cor sólida preta da unidade avaliada é a única dentro deste preço. As cores metálicas custam R$ 2.200 a mais e, a branca perolizada, R$ 2.500 a mais.
Os principais equipamentos de série do Compass Longitude são: ar-condicionado dual zone; direção elétrica; chave presencial; multimídia com tela de 10,1 polegadas, espelhamento sem fio e GPS nativo; paddle shifters; revestimentos em material sintético que imita o couro; stop&start; freio de estacionamento eletrônico; painel 100% digital, som da marca Beats de 506w e rodas diamantadas com pneus 225/55 R18 estão entre as novidades para a linha 2025.
Os recursos de direção semiautônoma não eram oferecidos nem como opcionais. Agora, também fazem parte dos itens de série desta versão.

São eles: alerta de colisão iminente; frenagem automática de emergência; alerta de saída de faixa com correção ativa; piloto automático adaptativo; comutação automática do farol alto e leitor de placas.
Completando a lista dos dispositivos de segurança, os destaques são: seis airbags; ABS; controles eletrônicos de estabilidade, tração e anticapotamento; controle de tração avançada; assistente de partida em rampa e de retenção em semáforo; sensores de chuva e crepuscular; DRL, faróis e lanternas em LED; sensor de estacionamento traseiro; câmera de marcha à ré e sistema de monitoramento de pressão dos pneus.
Motor e câmbio
O motor desta versão é o GSE 1.3 turbo. Seu torque máximo é de 27,5 kgmf às 1.750 rpm com ambos os combustíveis. A potência atinge 185/180 cv às 5.750 rpm, com etanol ou gasolina, respectivamente.
O câmbio é automático convencional com conversor de torque e seis (6) marchas. Ele oferece programação Sport e seleção entre automático e manual, com possibilidade de comutação pela alavanca ou pelos paddle shifters posicionados atrás do volante.
O conjunto conta com o TC+, sistema de bloqueio que trava a roda motriz sem aderência com o solo para que a outra tracione em transposição de obstáculos.
Na linha 2022, o Compass recebeu alterações na carroceria e ganhou um interior completamente novo.
Na linha 2025, a mudança foi mínima, apenas um novo desenho na grade que fecha as sete fendas. Este detalhe e as novas rodas são as novidades externas da versão Longitude.
Na cabine, apenas os equipamentos agregados alteraram o visual. O grande painel digital de instrumentos e os botões no volante para o ADAS são as mudanças perceptíveis.
O Compass apresenta ótima ergonomia. Todos os comandos estão à mão e os equipamentos têm botões físicos para quase todas as funções, arquitetura ideal.
O banco do motorista está alinhado com o volante e os pedais. Assentos e encostos dos bancos, nas quatro posições principais, apoiam bem os ocupantes, assim como as maçanetas, os puxadores e botões de abertura dos vidros estão bem-posicionados.
Multimídia
Com 10,1 polegadas, este é o melhor multimídia nacional em definição de imagem, sensibilidade ao toque e velocidade de processamento.
Como opcional, a versão Longitude pode receber internet embarcada e o sistema Adventure Intelligence Plus.
Com este recurso, oito aparelhos podem usufruir do sinal ao mesmo tempo. Uma central de atendimento foi estruturada para receber chamadas do motorista e auxiliá-lo com informações diversas, enviar assistência mecânica ou de resgate.
Além destas conveniências, por meio de um aplicativo para celular é possível verificar parâmetros do carro, ligar e desligar o motor e ativar muitas outras funções remotamente.

O som assinado pela marca Beats tem boa distribuição espacial e potência para reproduzir músicas via streaming em volumes altos. As frequências graves se destacam neste sistema.
O ar-condicionado de duas zonas é eficiente em tempo de resfriamento e manutenção da temperatura.
As saídas estreitas reduzem o volume da ventilação ou a torna ruidosa. Ter as saídas duplas traseiras diminui a necessidade de aumentar a velocidade da ventilação.
O painel digital também é dos melhores existentes. Ele tem três layouts distintos. No básico, conta-giros e velocímetro com ponteiros ficam destacados, a velocidade digital aparece ao centro e poucas informações do computador de bordo são mostradas.
No segundo, estes dois mostradores são reduzidos e a área central do painel mostra informações múltiplas e maiores do computador.
No terceiro, a tela é dividida em até cinco partes e, em cada uma delas, é possível escolher a informação a ser mostrada.
Apesar do pequeno volume cúbico, motor 1.3 turbo entrega muita potência e torque
A direção com assistência elétrica do Jeep Compass Longitude T270, modelo 2025, é leve em manobras de estacionamento. Ela fica mais pesada do que o ideal em velocidades médias e altas. Poderia ser mais progressiva.
Suas suspensões não são tão rígidas, trabalham em frequência mais baixa e pouco transferem as irregularidades do piso para a cabine.
Mesmo assim, sua carroceria não aderna muito em curvas, mas sobrecarrega os pneus com o deslocamento elevado do peso.
Por não inclinar tanto, o Compass passa confiança exagerada ao motorista, motivo provável da direção mais pesada.
Nesta situação, os pneus cantam e os controles de estabilidade trabalham para manter o controle direcional deste modelo alto e pesado.
Desempenho
Estrangulado, o motor de pequeno volume cúbico entrega muita potência e torque.
Mais elástico do que o usual para um modelo turbo, ele desloca o Compass de forma convincente, mesmo não o transformando em um esportivo.
Ele responde mais cedo ao pedal da direita e acelera de forma mais linear em baixas e médias rotações, quando comparado ao antigo 2.0 Tigershark que deslanchava mais em regimes mais altos de trabalho, em faixa de giro mais próxima às 4.000 rpm.
Contudo, para quem gosta de uma condução tranquila, este motor turbo é o ideal. O Compass sai da inércia rapidamente, com pouca aceleração e, por conta de uma ótima programação do câmbio automático, as marchas são trocadas antecipadamente, deixando o modelo aproveitar ao máximo o seu deslocamento por inércia.
Conforto
Nesta condição de condução, o conforto acústico também é elevado. Quase não se ouve os ruídos externos.
Apenas um conjunto de sons contidos que veem dos pneus, do arrasto aerodinâmico e o grave e baixo ruído do motor que, em determinadas cargas, lembra motores a diesel modernos. Já em velocidade de cruzeiro, o silêncio impressiona.

O câmbio de seis marchas é eficiente, faz trocas precisas e suaves. Seu outro destaque é favorecer uma condução mais esportiva ao permitir reduções para o uso do freio motor, mesmo que a sua rotação se aproxime do limite de segurança.
Em 2021 avaliamos essa mesma versão do Compass abastecido com gasolina. Agora, aferimos o consumo com etanol. Relativamente, o Compass foi mais eficiente com etanol.
Consumo
Em nosso teste padrão de consumo rodoviário realizamos duas voltas de 38,7 km, uma mantendo 90 km/h e outra os 110 km/h, sempre conduzindo economicamente.
Na volta mais lenta, atingimos 15,3 km/l com gasolina e 12,5 km/l de etanol. Na mais rápida, 12,9 km/l de gasolina e 11 km/l com etanol.
No teste de consumo urbano rodamos por 25,2 km em velocidades entre 40 e 60 km/h, fazemos 20 paradas simuladas em semáforos e vencemos 152 metros de desnível entre o ponto mais baixo e o mais alto do circuito.
Neste severo teste, o Compass atingiu uma média de 8,1 km/l com gasolina e 6,7 km/l de etanol.
O sistema stop&start funcionou com grande eficiência, desligando e ligando o carro em todas as paradas nas partes planas e em decidas, de forma rápida e quase imperceptível.
A versão Longitude sempre foi a mais vendida do Compass. Na linha 2025 ela está bem mais competitiva com os estes novos equipamentos de série.
Mesmo assim, o SUV médio da Jeep continuará sofrendo com a concorrência asiática, à espera da terceira geração do modelo que só deverá chegar por aqui na linha 2027.
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