Novas marcas de carros chineses chegam ao Brasil em novembro
A China já é o país com maior número de marcas de carros à venda no Brasil, e mais três estreiam até o fim do ano: Jetour, Leapmotor e MG. Além dessas, há a Changan, que deve ser uma das surpresas do Salão do Automóvel de São Paulo, em novembro.
É um movimento semelhante ao que ocorreu no início dos anos 1990, quando o retorno das importações fez com que diferentes empresas trouxessem automóveis para o Brasil em um intervalo curto de tempo.
Agora há, contudo, uma grande diferença no modelo de negócio e nas expectativas com o futuro.
Enquanto muitas das marcas que chegaram com a abertura de mercado foram trazidas por revendedores independentes e não foram longe, a expansão chinesa é planejada e ancorada por grandes corporações.
Um exemplo é o grupo Chery, que prepara a chegada de mais uma de suas marcas ao Brasil, a Jetour.
O SUV T2 está confirmado. O modelo de grande porte vai concorrer com o GWM Tank 300.
O carro da Jetour será apresentado no dia 10 de novembro, mas detalhes sobre motorização ainda não foram divulgados. É provável que o conjunto escolhido para o Brasil seja híbrido plug-in.
A Chery investe em diversas frentes, com marcas que atuam de forma independente no Brasil. Há a parceria com o grupo Caoa, que monta a linha Tiggo em Anápolis (GO), e a Omoda Jaecoo, cujas vendas começaram em abril.
No dia seguinte à apresentação dos carros da Jetour no Brasil, será a vez da MG (Morris Garage). A marca centenária de origem inglesa que desde 2007 pertence à chinesa Saic chega com 24 concessionárias distribuídas por cidades das regiões Sudeste, Sul e Centro-Oeste. Até o fim de 2026, a empresa planeja abrir 70 lojas.
Três modelos 100% elétricos já foram homologados, incluindo o conversível Cyberster. Há ainda o hatch MG4 e o SUV S5.
Outro lançamento aguardado é o do híbrido ZS, que deve chegar com preço abaixo de R$ 200 mil e cerca de 200 cv de potência para concorrer com Toyota Corolla Cross, GAC GS4 e Hyundai Kona.
O estilo e a lembrança do passado britânico fazem a MG ser bem aceita na Europa, onde teve cerca de 150 mil unidades emplacadas no primeiro semestre deste ano. A marca esteve no Brasil no início da década passada, importada pela empresa Forest Trade. A operação durou pouco tempo.
Os carros chineses também têm sido opção para as montadoras estabelecidas no Brasil. O grupo Stellantis está prestes a iniciar as vendas dos modelos da Leapmotor, a começar pelo SUV híbrido C10.
Seu motor a combustão funciona apenas com um gerador, que alimenta as baterias e aumenta o alcance nas viagens.
Quarta chinesa aguardada no mercado nacional, a Changan já testa modelos como o utilitário esportivo CS75 no Brasil. Com 4,77 m de comprimento, o modelo deve chegar com preço de opções de menor porte, na faixa de R$ 200 mil. O carro é equipado com motor 1.5 turbo a gasolina, que deve gerar cerca de 190 cv com o combustível brasileiro.
(Conteúdo distribuído por Folhapress)
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