Economia

Exportações da China para os Estados Unidos têm forte desaceleração em junho

Pequim / Washington – As exportações de produtos da China para os Estados Unidos (EUA) tiveram alta de 3,8% em junho, em relação a igual mês do ano passado, desacelerando bruscamente frente a um avanço médio de 13,6% na comparação anual de cada um dos primeiros cinco meses de 2018, revelam dados denominados em yuan divulgados antecipadamente pela Administração Geral Alfandegária do país asiático. No consolidado de janeiro a junho deste ano, as vendas de Pequim a Washington cresceram 5,4% ante igual intervalo em 2017, enquanto a comparação deste período com os primeiros seis meses de 2016 mostra ganho de 19,3%. O governo do presidente dos EUA, Donald Trump, deve colocar em vigor, na sexta-feira (6), tarifas sobre US$ 34 bilhões em importações de mercadorias chinesas. A China já indicou que vai agir em reciprocidade e impor tarifas em igual medida sobre bens americanos. Alguns economistas e analistas minimizaram a utilidade desses dados, referentes apenas ao comércio com os Estados Unidos, afirmando que levantam ainda mais suspeitas em relação à confiabilidade de estatísticas do governo chinês. Quando cifras comerciais denominadas em dólar forem divulgadas, com previsão para o dia 13, esses observadores esperam que as exportações para território americano tenham mantido as taxas de crescimento de dois dígitos, assim como nos meses imediatamente anteriores a junho. Ainda assim, o ato de demonstrar que o avanço das exportações está desacelerando ao menos, em alguma medida, combina com a mensagem pública menos propensa ao confronto de que Pequim não está procurando iniciar uma guerra comercial com os EUA. “O governo (da China) quer fazer compromissos para evitar uma escalada das disputas comerciais, embora nunca vá dizer isso (claramente)”, avalia o economista da Founder Securities Yang Weixiao. China Mobile – O governo do presidente Trump recomendou que seja recusada uma solicitação da China Mobile por uma licença para oferecer serviços de telecomunicações em território americano, segundo uma autoridade do Departamento do Comércio. “Após significativas conversas com a China Mobile, preocupações sobre maiores riscos para a aplicação da lei e segurança nacional dos EUA não puderam ser solucionadas”, afirmou o secretário-assistente de comunicações e informações do Departamento do Comércio, David J. Redl. Redl acrescentou que a Comissão Federal de Comunicações dos EUA deverá rejeitar o pedido de autorização da empresa chinesa para operar no país. Os comentários de Redl foram publicados em comunicado divulgado pela Administração Nacional de Telecomunicações e Informações, agência do Departamento de Comércio que assessora Trump sobre questões de política de telecomunicações. A China Mobile é a maior operadora móvel do mundo em número de usuários, com mais de 900 milhões de clientes. A empresa apresentou o pedido de licença em 2011.

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