Economia

Trump se diz pronto para tarifar China em mais US$ 500 bilhões

Washington/São Paulo – O presidente dos Estados Unidos (EUA), Donald Trump, afirmou, na sexta-feira (20), que está pronto para impor tarifas sobre mais US$ 500 bilhões em produtos importados da China, ameaçando intensificar a atual disputa comercial com o país asiático. “Estamos em tremenda desvantagem”, disse Trump, em entrevista sobre desequilíbrios comerciais com a China com a CNBC, gravada na quinta-feira (19) e divulgada na sexta-feira. “Estou pronto para ir a 500”. Neste mês, os Estados Unidos impuseram tarifas sobre US$ 34 bilhões em importações chinesas. Em resposta, a China aplicou taxas sobre o mesmo valor de produtos norte-americanos. OMC – Os Estados Unidos contestaram as tarifas retaliatórias na Organização Mundial do Comércio (OMC), na segunda-feira (16), junto com as que a União Europeia, Canadá, México e Turquia impuseram em resposta aos novos impostos norte-americanos sobre aço e alumínio. Quando questionado sobre a possível queda do mercado acionário se os Estados Unidos adotassem impostos sobre uma quantidade tão grande de produtos, Trump disse: “Se isso acontecer, aconteceu. Olha, não estou fazendo isso pela política”. Trump quer que os líderes chineses adotem ações que reduzam o déficit comercial de US$ 375 bilhões dos EUA com a China. O governo norte-americano também acusou a China de adotar práticas comerciais injustas ao forçar investidores norte-americanos a entregarem tecnologia importante a empresas chinesas. Manipulação de moeda – O secretário do Tesouro dos Estados Unidos, Steven Mnuchin, emitiu, na sexta-feira, um alerta para a China sobre a recente fraqueza do iuan, dizendo à Reuters que o Tesouro está monitorando de perto a moeda chinesa em busca de sinais de manipulação. Mnuchin afirmou, em entrevista em São Paulo, que a fraqueza do iuan seria revisada como parte do relatório semianual sobre manipulação cambial do Tesouro, que deve ser divulgado em 15 de outubro, com base na atividade dos primeiros seis meses de 2018. “Não há dúvida de que o enfraquecimento da moeda cria uma vantagem injusta para eles”, disse Mnuchin sobre a China. “Vamos analisar com muito cuidado se eles manipularam a moeda”.

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