Política

Bolsonaro tem 56% e Haddad, 44%

Bolsonaro tem 56% e Haddad, 44%
Incluindo os votos em branco e nulos e indecisos, Jair Bolsonaro aparece com 48% contra 38% de Fernando Haddad - Paulo Whitaker/Nacho Doce

São Paulo – A terceira pesquisa Datafolha do segundo turno da eleição presidencial mostra que as intenções de voto válidos do candidato Jair Bolsonaro (PSL) caíram e as de Fernando Haddad (PT) subiram. O capitão reformado do Exército passou de 59% das intenções de voto válidas para 56% em relação ao levantamento da semana passada, enquanto o petista foi de 41% para 44%.

Considerando os votos totais, Bolsonaro tem 48%, contra 38% de Haddad. Votos em branco e nulos somaram 8% e indecisos, 6%.

A pesquisa Datafolha foi realizada a pedido da TV Globo e do jornal Folha de S. Paulo. O levantamento tem margem de erro de 2 pontos percentuais para mais ou para menos.

Foram entrevistados 9.173 eleitores em 341 municípios entre quarta-feira e ontem. O levantamento foi registrado no TSE com o código BR-02460/2018.

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“Tsunami” – Só um “tsunami” poderia fazer Bolsonaro não ser eleito presidente da República no próximo domingo, avalia o presidente do Ibope, Carlos Augusto Montenegro. Ele afirma que o cenário aponta hoje para a vitória do candidato do PSL na disputa contra Haddad. “A grande dúvida, como não haverá debate na TV e os fatos são esses que estão acontecendo, é qual vai ser a diferença (para Haddad)”, diz Montenegro.

Na mais recente pesquisa Ibope/Estado/TV Globo, divulgada na última terça-feira (23), Bolsonaro apareceu com 57% das intenções de voto contra 43% de Haddad), em um cálculo que considera apenas os votos válidos. A diferença entre os dois é de 14 pontos porcentuais, conforme o levantamento.

A vantagem do vencedor dependerá da acomodação final de votos dos eleitores que hoje se dizem indecisos e das abstenções, afirma Montenegro. “As abstenções podem correr de uma forma homogênea ou ficarem maiores em determinadas regiões”, aponta. No levantamento divulgado pelo instituto no último dia 23, 3% dos eleitores se dizem indecisos ou não responderam ao questionamento sobre intenção de voto.

O Nordeste, região que declara mais simpatia por Fernando Haddad, pode registrar uma abstenção maior no segundo turno, diz o presidente do instituto. Como a eleição foi decidida logo na primeira etapa em sete Estados nordestinos, parte do eleitorado pode ficar desmotivada à ir às urnas por não haver um candidato ao governo estadual que puxe votos, argumenta Montenegro.

A convicção de votos tanto do eleitorado de Bolsonaro quanto do eleitor de Haddad dificulta um cenário de reversão no cenário, diz o dirigente do instituto. “A certeza de votos dos dois candidatos é muito grande, e eles são antagonistas. Só um tsunami poderia fazer um eleitor do Haddad votar em Bolsonaro e vice-versa. Há uma guerra desde o início entre o anti-PT versus o PT”, avalia.

Haddad minimizou ontem no Recife, as declarações dadas mais cedo pelo presidente do Ibope, Carlos Augusto Montenegro, para quem somente um “tsunami” pode fazer Bolsonaro não ser eleito no próximo domingo.

Vox Populi – “O diretor do Ibope tem o direito de ter a opinião dele, assim com o diretor do Vox Populi também tem”, desconversou o petista, que concedeu coletiva de imprensa transmitida nas redes sociais do partido. “Se vocês fizerem a mesma entrevista com o diretor da Vox Populi, vão ouvir coisas diferentes”, ponderou. Na mais recente pesquisa CUT/Vox Populi, divulgada ontem, a diferença é de seis pontos (53% a 47%).

Haddad buscou se mostrar confiante na virada e citou a situação na capital paulista, onde, ainda segundo o Ibope, o petista tem 51% dos votos válidos, contra 49% do adversário. “É um sinal de que o Sudeste vai mudar de tendência. Com o Sudeste virando e a maioria que temos no Nordeste, isso vai nos possibilitar a vitória no domingo”, afirmou. (AE)

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