Política

Superministério fundirá 3 pastas

Superministério fundirá 3 pastas
Paulo Guedes confirmou a criação do superministério - REUTERS/Sergio Moraes

Rio de Janeiro – O deputado federal Onyx Lorenzoni (DEM-RS), que chefiará a Casa Civil no governo de Jair Bolsonaro (PSL), confirmou ontem que a gestão terá entre 15 e 16 ministérios. Após uma reunião da cúpula de Bolsonaro, na casa do empresário Paulo Marinho, Onyx também anunciou a fusão dos ministérios do Meio Ambiente com o da Agricultura. Já o da Economia unirá o da Fazenda, o do Planejamento e o da Indústria e Comércio.

A questão estava sendo reavaliada por Bolsonaro durante a campanha. “O presidente não recuou em nada. Ele sempre disse que, assim como tem experiência em alguns estados, como Mato Grosso, Agricultura e Meio Ambiente ficarão juntos”, disse Lorenzoni. Um dos ministros já anunciados, o economista Paulo Guedes, comentou a proposta de criação de um superministério da Economia. “No programa, os três já estavam juntos”, disse o economista.

Braço direito de Bolsonaro, o ex-presidente do PSL, Gustavo Bebianno, disse que as conversas do núcleo duro do novo governo não chegaram às (indicações para) estatais. Ele disse que houve um significativo avanço, em torno de 80% dos ministérios na reunião de ontem. “Hoje, já foram decididos alguns dos nomes (ministérios). Por uma questão estratégica, nós vamos divulgar os nomes um pouquinho mais para frente”, completou.

Onyx também ressaltou que será um governo “de absoluta união” e que irá trabalhar em sintonia. O deputado informou que Bolsonaro deve ir na próxima terça-feira a Brasília para começar a transição. “O presidente já tem uma lista de nomes (de ministros) e está fazendo a definição final. Acredito que nos próximos dias Bolsonaro deva liberar mais alguns nomes. Na segunda-feira, o presidente, depois de tomar decisão, vai nos permitir divulgar toda a estrutura”, declarou.

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Moro – O juiz federal Sérgio Moro, da Operação Lava Jato, sinalizou ontem ao presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL), sobre eventual convite para chefiar o Ministério da Justiça ou para integrar o Supremo Tribunal Federal (STF). Em nota oficial, o magistrado declarou que “caso efetivado oportunamente o convite, será objeto de ponderada discussão e reflexão”.
“Sobre a menção pública pelo sr. presidente eleito ao meu nome para compor o Supremo Tribunal Federal quando houver vaga ou para ser indicado para ministro da Justiça em sua gestão, apenas tenho a dizer publicamente que fico honrado com a lembrança. Caso efetivado oportunamente o convite, será objeto de ponderada discussão e reflexão”, afirmou Moro.

A interlocutores próximos, Moro tem dito que se, de fato, for convidado para o Ministério da Justiça, vai inicialmente conversar com Bolsonaro para identificar “convergências importantes” e “divergências irrelevantes”.

O juiz da Lava Jato acredita que no Ministério da Justiça poderia adotar “boas iniciativas”. Depois, eventualmente, seguiria para o Supremo, quando surgisse uma vaga na Corte máxima.

Na última segunda-feira (29), em entrevistas concedidas ao SBT e ao Jornal Nacional, da TV Globo, Bolsonaro afirmou que pretende convidar Moro para a pasta da Justiça em seu futuro governo ou ainda para ocupar uma vaga no Supremo.

“Pretendo conversar com ele (Moro) para ver se há interesse da parte dele”, disse Bolsonaro em entrevista ao SBT. “Se eu tivesse falado isso antes (na campanha) soaria como oportunismo”, justificou.

Ao Jornal Nacional, o presidente eleito disse que Moro é um “grande símbolo” da luta contra a corrupção. “Poderia ser ministro da Justiça ou, abrindo uma vaga no STF, (escolher) a que achar que melhor poderia contribuir para o Brasil”. Aliados de Bolsonaro já haviam dito que Moro era cotado para ocupar futura vaga no STF. Esta é a primeira vez que o nome do juiz federal é citado como possível ministro. (AE)

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