Marun é suspeito de envolvimento
Brasília – O ministro da Secretaria de Governo, Carlos Marun, disse ontem que vai apresentar na próxima segunda-feira (9) representação e queixa-crime na Corregedoria da Polícia Federal (PF) e na Procuradoria-Geral da República (PGR) contra vazamento de informações que citam seu nome. O ministro deu as declarações após a divulgação de reportagem da “Folha de S.Paulo” que afirma que Marun é suspeito de envolvimento com a suposta organização, que, segundo a PF e o Ministério Público, fraudava registros sindicais no Ministério do Trabalho. “Desde que assumi a Secretaria de Governo, eu nunca pus os pés no Ministério do Trabalho, nunca conversei com nenhum servidor daquele ministério a respeito de demanda de qualquer sindicato, pessoalmente, ou por telefone, ou por qualquer outro meio. Todavia, infelizmente o ato de rotina de encaminhar através da minha assessoria pleitos que me foram apresentados por sindicalistas de Mato Grosso do Sul, em reunião pública, agendada e divulgada, se transformou em motivo de enxovalhamento da minha honra”, afirmou Marun, no Palácio do Planalto. Marun esteve ontem à tarde com o deputado federal Jovair Arantes, que disse para o ministro que a bancada do PTB apoiará qualquer decisão tomada pelo presidente Temer em relação ao assunto. O ministro revelou ter conversado com o líder do PTB na Câmara sobre o ministério. “Eu estive realmente com o líder Jovair e troquei ideias a respeito dessa questão e como não poderia ser diferente, o líder Jovair coloca a posição da bancada de apoio a qualquer decisão que venha a ser tomada pelo senhor presidente”, disse Marun. Marun gastou quase que a entrevista toda para negar qualquer irregularidade ao encaminhar o que chamou de demandas rotineiras que recebe em seu ministério e criticar vazamentos de informação. Ele disse que há 90 dias recebeu sindicalistas do Mato Grosso do Sul que “tinham demandas em relação à atividade sindical”.
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