Política

Fernando Azevedo vai assumir a Defesa

Fernando Azevedo vai assumir a Defesa

Brasília – O presidente eleito Jair Bolsonaro anunciou ontem a indicação do general da reserva do Exército Fernando Azevedo e Silva, atual assessor especial do presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Dias Toffoli, para o cargo de ministro da Defesa.

O anúncio foi feito por Bolsonaro em sua conta no Twitter pouco após pousar na base área de Brasília em voo que partiu no início da manhã do Rio de Janeiro, e confirma mais um general do Exército no primeiro escalão do próximo governo.

Silva ocupará o lugar inicialmente reservado para o general Augusto Heleno que, na semana passada, foi indicado para ocupar o Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República em vez do Ministério da Defesa.

Desde setembro Silva ocupa o cargo de assessor especial de Toffoli no Supremo. Depois de ir para a reserva, foi indicado ao presidente do STF pelo comandante do Exército, general Villas Bôas, depois de um pedido do presidente da Corte que gostaria de ter um nome militar em sua equipe.

O conteúdo continua após o "Você pode gostar".


Em nota, Toffoli disse que foi consultado por Bolsonaro na manhã de ontem sobre a indicação de Silva, e afirmou que “prontamente” endossou a escolha.

“É com muita alegria que vejo o anúncio do nome do general Fernando Azevedo e Silva para ministro de Estado da Defesa. Certamente sua larga experiência contribuirá para o fortalecimento da atuação das Forças Armadas, da segurança e da defesa no Brasil”, afirmou o presidente do Supremo.

O general da reserva tem um extenso currículo dentro das Forças Armadas, incluindo os cargos de chefe do Estado-Maior do Exército e Comandante Militar do Leste, além de ter sido o chefe da Autoridade Pública Olímpica dos Jogos Rio 2016, indicado pela então presidente Dilma Rousseff.

Após mudar Heleno da Defesa para o GSI, Bolsonaro afirmou que seu substituto seria um “quatro estrelas”, mas falou-se também em indicar alguém da Marinha, já que o próximo governo já tem diversos nomes do Exército e também um ministro da Aeronáutica.
Mourão, Heleno e o próprio Bolsonaro são militares da reserva do Exército, enquanto o futuro ministro da Ciência e Tecnologia será o astronauta Marcos Pontes, que é da reserva da Força Aérea. Além disso, o general da reserva Oswaldo Ferreira pode ser apontado como futuro ministro da Infraestrutura.

Meio Ambiente e Saúde – Bolsonaro disse ontem que talvez anuncie ainda nesta quarta-feira o nome do futuro ministro do Meio Ambiente, dizendo que tem dois nomes em análise e que pode surgir um terceiro. Ele fez uma rápida avaliação do perfil e das demandas.

Para Bolsonaro, é preciso “alguém que tenha vontade e iniciativa para mudar muita coisa ou alguma coisa de modo que destrave a questão ambiental”.

“A questão de licenças ambientais tem atrapalhado muito o desenvolvimento do Brasil”, afirmou.

O presidente eleito admitiu, ainda, que o deputado federal Luiz Henrique Mandetta (DEM-MS) é um dos cotados para assumir o Ministério da Saúde.

“Olha só, ele é muito bem quisto por grande parte dos médicos de todo o Brasil, a própria frente parlamentar da saúde é simpática à ideia dele. Deixou um rastro de bom serviço lá em Mato Grosso do Sul. Então é um nome que está sendo cogitado sim”, afirmou.

Bolsonaro disse que a indicação do general da reserva do Exército Fernando Azevedo e Silva para o cargo de ministro da Defesa, anunciada mais cedo nesta quarta-feira, não foi sugestão do presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Dias Toffoli. Azevedo e Silva é atualmente assessor especial de Toffoli.

O presidente eleito disse que o escolhido fez um “estágio” com Toffoli, mas que a escolha foi feita pela equipe dele e confessou ter ouvido o também general da reserva do Exército Augusto Heleno para bater o martelo dessas questões. Heleno é um dos mais próximos auxiliares de Bolsonaro e chegou a ser confirmado ministro da Defesa, mas foi deslocado para o Gabinete de Segurança Institucional (GSI). (Reuters)

Rádio Itatiaia

Ouça a rádio de Minas