Escape Time ganha nova sala em BH
Conquistar o público mineiro é o novo desafio da Escape Time, proposta de jogos imersivos na qual o participante tem como objetivo escapar de uma sala resolvendo enigmas no período de uma hora. Já há dois anos em Belo Horizonte, a unidade localizada na Savassi ganhou sua quarta sala no mês passado, um laboratório que teve o investimento em torno de R$ 7 mil. Cada franquia exige o investimento médio de R$ 250 mil e comporta pelo menos três salas. Mas assim como a unidade em Belo Horizonte, que ainda tem espaço para receber mais duas salas, o investimento para se expandir o ambiente é de R$ 5 mil a R$ 40 mil por sala, dependendo do tamanho e da proposta. “O público de BH é diferente dos demais. Não digo que é um público difícil, mas ele prefere pagar R$ 80 para comer e beber no bar, do que para conhecer uma proposta diferente como a Escape. Para se ter uma ideia, estamos há dois anos na cidade e tem muita gente que ainda não conhece”, explica a responsável pela unidade mineira, Laíze Prado. A Escape conta ainda com uma unidade em São Paulo e outra no Rio. A nova sala ainda passou por um processo de teste. A ideia era exaurir a sala para encontrar erros, fazer os ajustes necessários. Para isso foi usado um formato no qual o jogador podia pagar R$ 20 para usar uma sala de nível fácil por 20 minutos, ao invés de pagar R$ 80 por uma hora. É também uma forma de atrair o público mineiro. Além disso, no mês passado, as unidades brasileiras dos jogos estavam na chamada “Escape Week”, na qual as salas tiveram o valor único de R$ 39. Para não deixar a Escape Time de BH fechar, já que os dois sócios tinham outros planos fora do País, Prado, que era assessora de imprensa, coordenadora de marketing e supervisora da rede em São Paulo, decidiu vir para a capital mineira há cerca de três meses e assumir o negócio. Neste período na cidade, ela percebeu que o público de Belo Horizonte é muito fiel. “Se a pessoa gosta, ela sempre vai voltar, aqui é a maior taxa de fidelização. Por isso investimos na nova sala para trazer novidades a este público”, conta. O faturamento da unidade em BH é em torno de R$ 50 mil, mas até o fim deste ano, este número deve aumentar em cerca de 20% por conta do investimento. A casa recebe de 300 a 400 pessoas por dia, especialmente no fim de semana. Durante a semana à tarde o maior público é o corporativo, empresas que utilizam a Escape para interagir ou analisar o perfil dos funcionários, por exemplo. Já durante a noite e no fim de semana, o público maior é formado por pessoas físicas. “O ticket maior é do público corporativo, porque as empresas que têm bons resultados, bons lucros, vão querer agregar mais coisas ao jogo, por exemplo, uma couch para analisar o desempenho da equipe”, comenta Prado. Outros produtos – Além dos jogos para o público em geral, a Escape conta com diversos formatos para atender a todas as faixas etárias e objetivos. Além das salas fixas, por exemplo, a unidade pode levar para ambientes corporativos determinado modelo de jogo para a empresa fazer uma análise de competência da equipe, para dinâmicas em grupo ou simplesmente para entreter. Outra possibilidade é levar a Escape para festas e eventos e proporcionar uma experiência diferente ao público. São criados games específicos para estes formatos, como para festas de Halloween ou festas juninas. Para avaliar competências individuais ou de grupo, a equipe dispõe de um psicólogo ou couch para analisar o desempenho dos jogadores, de acordo com as características exigidas pelo gestor, e elaborar um relatório sobre cada um ou sobre o trabalho em grupo no jogo. Isso pode ser feito tanto nas salas físicas quanto nas próprias empresas. “Ou por exemplo, tem uma equipe que não está trabalhando bem junta, então a empresa leva a Escape para os funcionários jogarem e entenderem que no jogo cada um vai depender do outro, exaltando a importância do trabalho em equipe”, comenta Prado. A casa também atende ao público infantil, modificando os enigmas de acordo com a faixa etária. “A partir de 12 anos a criança já tem função neurológica, já distingue o botão de liga e desliga, por exemplo. Para crianças menores, utilizamos enigmas de fácil associação, com figuras geométricas, cores”, complementa. Jogos – Em BH, as quatro salas simulam cenários onde os jogadores precisam escapar em tempo limite. São eles: a Prisão de Alcatraz de São Francisco, nos Estados Unidos, onde o participante precisa escapar em uma hora para não ser executado; um vagão do Expresso Oriente, que faz o trajeto Londres-Istambul, no qual os jogadores precisam parar o trem onde um terrorista colocou uma bomba e o maquinista desapareceu; um quarto antigo de hotel, onde há um tesouro escondido mas o prédio será demolido em uma hora; e o recente laboratório onde um cientista acaba de desenvolver um vírus letal que se espalha pelo ar e transforma as pessoas em zumbis. Neste caso, o participante também tem o prazo de uma hora para desvendar o desaparecimento do cientista e encontrar o antídoto.
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