Temer pede respeito à Constituição

Brasília – Em discurso, durante o evento da CNM, citando o período de transição com o governo eleito, Michel Temer repudiou mudanças significativas na Constituição que não passem pela aprovação de emendas no Congresso. “Modificar, sim, por emenda constitucional, mas não alterar substancialmente a Constituição”, afirmou Temer no evento.
O presidente rebateu argumentos de que mudanças precisam ser feitas porque a Constituição não serviria ao País. “Ora, serviu muito ao País tanto que nós chegamos até aqui graças as cumprimento da ordem jurídico-constitucional”, declarou.
A menos de um mês e meio de terminar o governo, Temer destacou, mais uma vez, que as medidas tomadas em sua gestão foram possíveis com apoio do Congresso Nacional. Ele defendeu a descentralização da gestão pública e disse que, se o município for forte, a União também será forte. Ao falar para prefeitos e gestores municipais, o emedebista afirmou desejar voltar à sede da entidade no ano que vem – já fora do cargo – e receber o mesmo aplauso que recebeu ontem.
“Fica, Temer” – O Presidente da CNM, Glademir Aroldi, afirmou que os gritos de “fica, Temer” entoados por alguns prefeitos no evento foram um “ato de carinho e respeito” ao presidente Michel Temer. Ele negou que os gritos fossem uma indireta dos municipalistas sobre algum temor de perder o diálogo com o governo do presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL).
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“É a forma que algumas pessoas acharam para agradecer o presidente Temer por esse relacionamento. Foi um ato de carinho, de respeito, pela forma que ele agiu com o movimento municipalista”, afirmou Aroldi. Os gritos de “fica, Temer” ocorreram em três momentos da cerimônia, mas sempre com curta duração.
Ainda que tenha destacado o otimismo com o futuro governo, o presidente da CNM deu um recado à próxima gestão pedindo diálogo “O País passa por crise, nem tudo vai ser atendido, mas o diálogo precisa acontecer”, afirmou Aroldi. “Acredito que esse diálogo tem acontecido com atual governo e (acontecerá) com o futuro. Estamos à disposição para construir propostas”, disse. (AE)
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