Economia

BH ocupa o 5º lugar em ranking entre as capitais brasileiras

BH ocupa o 5º lugar  em ranking entre  as capitais brasileiras

MARA BIANCHETTI

Belo Horizonte apareceu em quinto lugar entre as capitais brasileiras com melhores resultados do Índice Sebrae de Desenvolvimento Econômico Local (Isdel). Ao todo, a capital mineira somou 0,576 ponto, numa escala que varia de 0 a 1. Apareceram na frente São Paulo (0,796), Rio de Janeiro (0,631), Curitiba (0,588) e Porto Alegre (0,578). Macapá obteve o pior resultado entre as capitais com 0,374 ponto.

O indicador, criado pelo Serviço Apoio às Micro e Pequenas Empresas de Minas Gerais (Sebrae Minas), faz uma análise de dados sobre as cinco dimensões responsáveis por promover o desenvolvimento econômico da região. Além das capitais, o índice avalia também o desempenho dos estados e municípios em todo o Brasil. Entre as unidades federativas, Minas Gerais apareceu em oitavo lugar, com 0,395 ponto. São Paulo (0,538), Rio de Janeiro (0,491) e Distrito Federal (0,473) lideraram a lista.


Já entre os 853 municípios mineiros, Belo Horizonte apareceu em primeiro lugar, ocupando ainda a sexta posição entre todos os 5.570 municípios de todo o País. No ranking do Estado, Contagem, na Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH), apareceu em segundo lugar com 0,488 ponto e Josenópolis (Norte de Minas) ficou na última posição, com resultado de 0,189.


De acordo com o gerente da Unidade de Inteligência Empresarial do Sebrae Minas, Felipe Brandão de Melo, o Isdel analisa 30 indicadores, com base em fontes oficiais, divididos em cinco dimensões.


São elas: capital empreendedor (educação, renda e densidade empresarial), tecido empresarial (relacionado à existência de elementos do tecido social, tecido empresarial, programas e ações associativistas), governança para o desenvolvimento (participação e controle social, articulação e gestão pública), organização produtiva (aglomerações e diversificação produtiva) e inserção competitiva (especialmente informações do comércio internacional).


“O indicador funciona como uma ferramenta de suporte e orientação para os gestores públicos e entidades de classe no trabalho de desenvolvimento e fortalecimento econômico das cidades. O Sebrae trabalha na gestão empresarial, mas precisa de um ambiente econômico viável para que os resultados se tornem efetivos”, afirma.

Políticas efetivas – No entanto, o gerente pondera que o índice não aponta se um território é melhor que o outro. Segundo ele, mostra em quais dimensões as cidades estão mais desenvolvidas e quais outras precisam de atenção para a formulação de políticas públicas mais efetivas.


“Mesmo algumas cidades que possuem características semelhantes em porte populacional, podem se diferenciar em aspectos como educação, inovação, infraestrutura, renda, entre outros fatores que o Isdel considera como subdimensões, que podem ser avaliadas separadamente para comparar o que é mais desenvolvido em uma cidade do que em outra”, justificou.


Este é o caso, por exemplo, de Varginha (Sul de Minas), que obteve pontuação de 0,458. “Varginha prova que município de médio porte consegue trabalhar seu desenvolvimento de maneira coordenada com resultados visíveis e mensuráveis”, citou.


De maneira detalhada, vale destacar que a melhor pontuação da capital mineira foi no quesito capital empreendedor (0,750). Logo em seguida, destacaram-se a governança para desenvolvimento (0,689) e organização produtiva (0,663). Tecido empresarial e inserção competitiva apresentaram os piores índices, com 0,480 e 0,183 ponto respectivamente.

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