Economia

Analistas voltam a reduzir a projeção para a inflação

Analistas voltam a reduzir a projeção para a inflação
Crédito: REUTERS/Ueslei Marcelino

Brasília – Após a deflação registrada em novembro, os economistas do mercado financeiro alteraram a previsão para o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de 2018. O Relatório de Mercado Focus, divulgado ontem pelo Banco Central (BC), mostra que a mediana para o IPCA este ano passou de alta de 3,89% para elevação de 3,71%. Há um mês, estava em 4,23%. A projeção para o índice no próximo ano foi de 4,11% para 4,07%. Quatro semanas atrás, estava em 4,21%.


O relatório Focus trouxe ainda a projeção para o IPCA em 2020, que seguiu em 4%. No caso de 2021, a expectativa foi de 3,78% para 3,75%. Há quatro semanas, essas projeções eram de 4% e 3,95%, nesta ordem.


A projeção dos economistas para a inflação em 2018 está abaixo do centro da meta deste ano, de 4,5%, sendo que a margem de tolerância é de 1,5 ponto percentual (índice de 3% a 6%). Para 2019, a meta é de 4,25%, com margem de 1,5 ponto (de 2,75% a 5,75%). No caso de 2020, a meta é de 4%, com margem de 1,5 ponto (de 2,5% a 5,5%). Já a meta de 2021 é de 3,75%, com margem de 1,5 ponto (de 2,25% a 5,25%).


Na última sexta-feira, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) informou que o IPCA de novembro registrou deflação de 0,21%. No ano, o índice acumula alta de 3,59% e, em 12 meses, de 4,05%.


No fim de outubro, ao manter a Selic (a taxa básica de juros) em 6,50% ao ano, o Comitê de Política Monetária (Copom) do BC atualizou suas projeções para a inflação. No cenário de mercado, que utiliza o câmbio e os juros projetados no Focus como referência, a expectativa para o IPCA em 2018 é de 4,4%. Para 2019, a projeção é de 4,2% e, para 2020, de 3,7%.


No Focus agora divulgado, entre as instituições que mais se aproximam do resultado efetivo do IPCA no médio prazo, denominadas Top 5, a mediana das projeções para 2018 foi de 3,91% para 3,66%. Para 2019, a estimativa do Top 5 foi de 3,96% para 4,2%. Quatro semanas atrás, as expectativas eram de 4,08% e 4,25%, respectivamente.


No caso de 2020, a mediana do IPCA no Top 5 permaneceu em 4%, valor igual ao verificado há um mês. A projeção para 2021 no Top 5 seguiu em 3,75%, também igual ao visto quatro semanas atrás.

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PIB – A expectativa de alta para o Produto Interno Bruto (PIB) este ano foi de 1,32% para 1,3%. Há quatro semanas, a estimativa era de crescimento de 1,36%. Para 2019, o mercado manteve a previsão de alta do PIB, de 2,53%, ante 2,5% de um mês antes.


Em setembro, o Banco Central havia reduzido sua projeção para o PIB em 2018, de 1,4% para 1,4%. Além disso, a instituição anunciou sua projeção para o PIB em 2019, de alta de 2,4%. Essas atualizações foram feitas por meio do RTI.


No fim de novembro, o IBGE informou que o PIB cresceu 0,8% no terceiro trimestre, ante o segundo trimestre. Em relação ao terceiro trimestre de 2017, houve alta de 1,3%.


No relatório Focus de ontem, a projeção para a produção industrial de 2018 foi de alta de 2,16% para elevação de 1,99%. Há um mês, estava em 2,22%. No caso de 2019, a estimativa de crescimento da produção industrial seguiu em 3,02%, ante 3,04% de quatro semanas antes.


A pesquisa Focus mostrou ainda que a expectativa para o indicador que mede a relação entre a dívida líquida do setor público e o PIB para 2018 seguiu em 54,00%. Há um mês, estava no mesmo patamar. Para 2019, a estimativa passou de 57,03% para 56,50%, ante os 56,45% de um mês atrás.

Juros – À espera da última reunião de política monetária do Banco Central no ano, marcada para hoje e amanhã, os economistas do mercado financeiro mantiveram suas projeções para a Selic (a taxa básica) para o fim de 2018. O Relatório de Mercado Focus trouxe que a mediana das previsões para a Selic este ano seguiu em 6,50% ao ano. Há um mês, estava no mesmo patamar. Já a projeção para a Selic no fim do próximo ano foi de 7,75% para 7,50% ao ano, ante 8,00% ao ano de quatro semanas atrás. (AE)

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