Investimentos Diretos no País atingem recorde

Brasília – Os Investimentos Diretos no País (IDP) somaram US$ 10,274 bilhões em novembro, informou na sexta-feira (21), o Banco Central. De acordo com o chefe do Departamento de Estatísticas da instituição, Fernando Rocha o resultado de novembro foi o melhor para o mês na série histórica do BC, iniciada em 1995. “Os montantes do IDP mostram valores sólidos e robustos”, comentou Rocha.

No acumulado do ano até novembro, o ingresso de investimentos estrangeiros destinados ao setor produtivo somou US$ 77,782 bilhões.
No acumulado dos 12 meses até novembro deste ano, o saldo de investimento estrangeiro ficou em US$ 80,686 bilhões, o que representa 4,25% do Produto Interno Bruto (PIB).

O investimento estrangeiro em ações brasileiras ficou negativo em US$ 2,278 bilhões em novembro. Em igual mês do ano passado, o resultado havia sido positivo em US$ 306 milhões.

No acumulado do ano até novembro, o saldo ficou negativo em US$ 1,535 bilhão. Pelos cálculos do BC, o saldo das operações de investidores estrangeiros no mercado de ações será negativo em US$ 3 bilhões em 2018 e positivo em 5 bilhões em 2019. Estas projeções consideram as ações negociadas em bolsas brasileiras e no exterior e os fundos.

O investimento em fundos de investimentos no Brasil ficou positivo em US$ 299 milhões em novembro. No mesmo mês do ano passado, ele havia sido negativo em US$ 395 milhões. No acumulado do ano até novembro, houve retiradas de US$ 2,397 bilhões dos fundos de investimentos.

Já o saldo de investimento estrangeiro em títulos de renda fixa negociados no País ficou negativo em US$ 3,379 bilhões em novembro. No mesmo mês do ano passado, havia ficado positivo em US$ 692 milhões.

No ano até novembro, o saldo em renda fixa ficou negativo em US$ 1,496 bilhão. Para 2018 e 2019, a estimativa do BC é de saldo neutro nas operações com renda fixa.

Taxa de rolagem – O Banco Central informou também que a taxa de rolagem de empréstimos de médio e longo prazos captados no exterior ficou em 107% em novembro. Esse patamar significa que houve captação de valor em quantidade para rolar compromissos das empresas no período. O resultado ficou acima do verificado em novembro do ano passado, quando a taxa havia sido de 89%.

De acordo com os números apresentados pelo BC, a taxa de rolagem dos títulos de longo prazo ficou em apenas 15% em novembro. Em igual mês de 2017, havia sido de 19%. Já os empréstimos diretos atingiram 116% no mês passado, ante 153% de novembro do ano anterior.

No ano até novembro, a taxa de rolagem total ficou em 94%. Os títulos de longo prazo tiveram taxa de 102% e os empréstimos diretos, de 92% no período. O BC estima taxa de rolagem de 95% para 2018 e de 100% para 2019. (AE)