Depósito antidumping será discutido na China
Pequim – A China realizará uma audiência no final deste mês sobre a decisão de Pequim de impor um depósito antidumping ao frango brasileiro, informou ontem em seu site o Ministério do Comércio. As partes envolvidas no processo antidumping podem pedir para serem ouvidas na audiência, que será realizada em 26 de julho, segundo anúncio publicado no site do ministério. O Ministério do Comércio disse que vai divulgar mais detalhes sobre a audiência posteriormente. Pequim impôs direitos provisórios antidumping temporários sobre as importações de carne de frango brasileira no mês passado, em mais um revés para as gigantes de proteína animal do País, ao mesmo tempo em que os Estados Unidos pressionaram Pequim a reabrir seu mercado para produtos avícolas norte-americanos. A partir de 9 de junho, os importadores chineses de frango do Brasil passaram a pagar depósitos de 18,8% a 38,4% do valor de suas compras. BRF – Empregados da empresa de alimentos BRF aprovaram na última terça-feira suspensão de contratos de trabalho da maior parte da fábrica da companhia em Chapecó (SC) por cinco meses, informou o sindicato local em comunicado. Com o layoff, os trabalhadores receberão uma bolsa-auxílio no valor de 80% do salário paga pelo Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT), informou o Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias de Carnes e Derivados de Chapecó (Sitracarnes). A entidade não divulgou o número de trabalhadores atingidos pelo layoff, mas a BRF informou que a medida envolve 1.400 funcionários da linha que fabrica produtos de carne de frango. A proposta aprovada em assembleia também inclui cláusula em que em caso de demissão após três meses do fim da suspensão dos contratos de trabalho, a BRF pagará multa adicional de 100% do salário nominal, além das multas rescisórias. Em reestruturação de suas atividades, a BRF anunciou no final de junho que quer vender R$ 5 bilhões em ativos no segundo semestre deste ano. A empresa, dona das marcas Sadia e Perdigão, havia informado em 20 de junho que havia concedido férias coletivas de 30 dias aos funcionários da unidade em Chapecó, em consequência do impacto da greve dos caminhoneiros. A BRF afirmou em nota que o regime de layoff poderá “durar até cinco meses” e entrará em vigor a partir de 29 de agosto. “A decisão visa ajustar os estoques da companhia. BRF ressalta que a unidade segue em funcionamento e deverá voltar a operar normalmente após este período. Os investimentos destinados a melhorias locais serão mantidos e os termos contratuais vigentes serão honrados junto aos atuais integrados”, afirmou a empresa.
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