Economia

Levy pretende revisar contabilidade do BNDES

Brasília – O novo presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Joaquim Levy, disse ontem que pretender revisar a contabilidade do banco de fomento para depender menos de recursos do Tesouro Nacional.

“Queremos continuar ajustando o balanço do banco, como organizamos nossas contas. Queremos adequar o balanço que hoje depende em uma proporção exagerada – mas menos que era há quatro anos – dos recurso do Tesouro. Isso tem de ser corrigido para haver adequado retorno de capital”, avaliou, na cerimônia de posse de presidentes de bancos públicos.

Segundo Levy, o Tribunal de Contas da União (TCU) tem dado o suporte para essas adequações.

Levy afirmou que o BNDES prestou grandes serviços ao País e precisa continuar respondendo às expectativas da nação. “Estamos na antessala de um novo ciclo de investimentos em uma economia mais aberta, mais vibrante e com mais espaço para o setor privado e o mercado de capitais”, acrescentou.

Segundo o novo presidente do BNDES, o papel do banco vai contribuir nesse ambiente com o desenvolvimento de novas ferramentas e novas formas de trabalhar em parceria com o mercado privado.

“Não será surpresa que a gente continue combatendo patrimonialismos e distorções que são uma trava ao crescimento do País, à justiça e à equidade. Isso tem de continuar mudando, evitando também o voluntarismo. As ferramentas têm de ser a transparência e a ética no setor público. Assim teremos mais liberdade, mais concorrência e mais crescimento”, concluiu Levy.

O presidente da República, Jair Bolsonaro, participou da cerimônia, que também deu posse aos novos presidentes do Banco do Brasil, Rubem Novaes, e Caixa Econômica Federal, Pedro Guimarães. O evento ocorreu no Palácio do Planalto, em Brasília.

Caixa-preta – Mais cedo, Bolsonaro afirmou nesta segunda-feira, em mensagem no Twitter, que sua equipe está levantando informações do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e de outros órgãos do governo e irá divulgá-las, e que alguns contratos já foram desfeitos.

Segundo Bolsonaro “não só a caixa-preta do BNDES, mas de outros órgãos” estão sendo levantadas e as informações serão tornadas públicas. O presidente não deu detalhes.

“Muitos contratos foram desfeitos e serão expostos, como o de R$ 44 milhões para criar criptomoeda indígena que foi barrado pela ministra Damares e outros”, afirmou Bolsonaro, citando a ministra da Mulher, Família e Direitos Humanos, Damares Alves.

Bolsonaro prometeu durante a campanha “abrir a caixa-preta do BNDES” para revelar à população o destino de empréstimos realizados pelo banco ao longo dos últimos anos. (AE/Reuters)

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