Procura por voos domésticos avança em dezembro; Avianca busca injeção de capital

São Paulo – A demanda por assentos em voos domésticos no Brasil em dezembro subiu 3,98%, ante mesmo mês de 2017, afirmou ontem a entidade que representa as empresas aéreas, Abear, no melhor desempenho para o período em quatro anos.
Já a oferta de assentos avançou 2,65%, também na comparação anual. Como o ritmo foi inferior ao da demanda, o nível de ocupação dos voos chegou a 84,36%, com alta de 1,07 ponto percentual ano a ano.
Juntas, Gol e Latam, Azul e Avianca, as sócias da Abear, transportaram 8,6 milhões de passageiros em voos domésticos em dezembro, volume 4,23% maior que um ano antes.
“As estatísticas de oferta, demanda e passageiros transportados são algumas das mais altas já registradas para dezembro, retomando os melhores níveis registrados em 2014”, afirmou a Abear em nota.
Nos voos internacionais, a demanda por transporte aéreo nessas companhias subiu 20,5% sobre dezembro de 2017, enquanto a oferta cresceu 20,06%. Com isso, o nível de ocupação das aeronaves subiu 0,31 ponto percentual, para 83,23%. O total de passageiros transportados teve ampliação de quase 12%, para 869 mil.
No acumulado do ano, a demanda por viagens aéreas domésticas avançou 4,4%, enquanto a oferta cresceu 4,7%. A demanda internacional teve expansão de 16,5% ante 2017 e a oferta teve incremento de 19,7%.
Avianca – A Avianca Brasil, que pediu recuperação judicial em dezembro, está buscando injeção de capital e contratou a consultoria Galeazzi & Associados para ajudar a companhia aérea a encontrar recursos e eventualmente um comprador, disseram três fontes com conhecimento do assunto.
Executivos da Galeazzi já estão visitando credores para discutir opções da empresa, disse uma das fontes.
Acionistas da Avianca estão discutindo uma potencial injeção de capital pela Elliott Management, revelou uma das fontes. Qualquer investimento agora precisaria seguir o trâmite do processo de recuperação judicial e um aporte de recursos ou empréstimo para a empresa precisaria de autorização do juiz encarregado pelo caso.
Representantes de Avianca Brasil, Galeazzi e Elliott não comentaram o assunto.
A Avianca está enfrentando seus principais credores, as companhias de leasing de aviões Aircastle e GE Capital Aviation Services, para evitar ou adiar a tomada de seus aviões.
A batalha legal da empresa com credores tem adicionado incerteza sobre a capacidade da Avianca Brasil manter a programação de seus voos, apesar de a empresa ter conseguido evitar até agora a retomada de várias aeronaves em sua frota. (Reuters)
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