Dólar tem dia estável e fica em R$ 3,75
São Paulo – Depois de uma tarde oscilando entre altas e baixas ao redor do último fechamento, o dólar à vista encerrou ontem estável, valendo R$ 3,7588. No exterior, a moeda americana registrou valorização. Ao longo de praticamente todo dia, a divisa dos Estados Unidos subiu perante todas emergentes e desenvolvidas, exceto o iene, considerado um porto seguro em momentos de crise ou tensão. Pela manhã, o fortalecimento global contagiou o câmbio local, e o dólar chegou à máxima intraday de R$ 3,7815 (+0,60%) no mercado à vista. No segmento futuro, o contrato para setembro manteve-se colado no mercado global e subiu o dia todo. Às 17h17, tinha alta de 0,23% aos R$ 3,7705. O descolamento do real de suas pares no exterior tem como principal explicação o ingresso de recursos estrangeiros no País, seja pelo canal financeiro ou via de exportador. Segundo o sócio e gestor da mesa de moedas da Absolute Investimentos, Roberto Serra, persistem as evidências de fluxo cambial positivo “O ingresso de recursos não foi só para bolsa. Foi um fluxo geral”, disse o gestor. Esse movimento começou no mês passado e teve como principal alavanca, em julho, a notícia de apoio do centrão a Alckmin. Ao que tudo indica, diz o gestor da Absolute, é um ingresso de recursos que pode continuar, ainda que o cenário eleitoral persista absolutamente incerto. No exterior, a alta aconteceu, resumidamente, por dois fatos. O primeiro foi o temor pelo retorno da guerra comercial entre EUA e China, após o presidente Donald Trump ameaçar uma taxa de 25% – e não apenas 10% – sobre mercadorias importadas da China. O segundo foi o impacto sobre a libra esterlina do aumento da taxa de juros pelo Banco da Inglaterra (BoE) somado a incertezas em torno da saída do país da zona do Euro (Brexit). A direção do BoE reforçou o gradualismo em relação aos próximos aumentos de juros ao demonstrar preocupação em torno do Brexit. O presidente do BC inglês, Mark Carney, afirmou que o BC britânico está preparado para responder a uma margem “ampla” de cenários possíveis, inclusive os mais improváveis, como uma saída desorganizada da UE. Juros – Os juros futuros fecharam a sessão regular entre a estabilidade e leve alta. As taxas acompanharam, desde cedo, o humor do exterior e o comportamento do mercado de moedas, tendo os fatores internos ficado em segundo plano, inclusive o resultado do Comitê de Política Monetária (Copom), que na última quarta-feira, como esperado, manteve a Selic em 6,50% ao ano e não trouxe novidades em seu comunicado. A taxa do contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) para janeiro de 2019 fechou com taxa de 6,620%, de 6,622% na quarta-feira no ajuste, e a do DI para janeiro de 2020 passou de 7,86% para 7,89%. A taxa do DI para janeiro de 2021 fechou em 8,89%, de 8,88%, e a do DI para janeiro de 2023 encerrou a 10,39%, de 10,37%. A taxa do DI para janeiro de 2025 subiu de 11,03% para 11,06%.
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