Opinião

[EDITORIAL] Pressa, união e resultados

A primeira e mais urgente tarefa, na avaliação do governador Romeu Zema, é reequilibrar as contas do Estado, num esforço que tem como um dos eixos a repactuação da dívida com a União, já em discussão, acompanhada de rigorosa gestão dos gastos e controles financeiros. Nessa direção o governador, um empresário vitorioso e sem nenhum contencioso político, espera fazer diferença, transformando Minas Gerais no Estado capaz de melhor acolher investidores. As dificuldades são grandes, mas as possibilidades também, com a retomada do crescimento econômico sustentada pelo saneamento financeiro, seguida de melhorias no ambiente de negócios. Assim entende o presidente da Federação das Indústrias de Minas, Flávio Roscoe, para quem um ambiente de negócios melhor e mais amistoso, capaz de atrair investimentos e novos projetos, exige também a revisão de políticas públicas.

É preciso rever a política ambiental, com a revisão de práticas que devolvam isonomia ao Estado na disputa com outras regiões; revisão da legislação tributária, com obrigatória simplificação de procedimentos e restabelecimento das condições de competitividade na comparação com os demais estados. Não faz sentido, definitivamente, que fábricas inteiras sejam transferidas para fora das divisas estaduais, onde as obrigações, principalmente o ICMS, são menos impactantes. A reação esperada, na forma de crescimento sustentado, acontecerá a partir do momento em que as reformas estruturais, no plano nacional, deixem de ser postergadas, nos campos fiscal, tributário, trabalhista e previdenciário.

Tudo isso, na avaliação de muitos empresários, se traduz em esperança e confiança, evidentes nos 70% de votos obtidos por Romeu Zema nas eleições passadas. Da mesma forma que parece mais forte e determinante o sentimento de que não é suficiente confiar e delegar. Como lembrou o empresário Flávio Roscoe no artigo já mencionado, é preciso, principalmente, participar. Segundo ele, e com propriedade, é falsa a ideia de que se possa colocar sobre os ombros dos governantes toda a responsabilidade pelas mudanças reclamadas. A reação desejada e necessária virá da participação da sociedade.

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Minas Gerais, nesse particular, tem muito a fazer e muito a ensinar, recuperando um protagonismo que está impregnado na história do País. Como disse o presidente da Fiemg, afinal “somos todos responsáveis e por isso devemos nos unir para apoiar e cobrar a realização das reformas que, longe de interessar a segmentos específicos da sociedade, são indispensáveis para que o País volte a crescer, para que Minas Gerais volte a crescer” de forma sustentável e avanços sociais. Cabe a cada indivíduo atuar, na medida de suas possibilidades, para que assim seja.

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