Política

MDB quer agenda econômica para negociar

MDB quer agenda econômica para negociar
Jucá afirma que há consenso sobre a partilha de recursos - Marcos Oliveira/Agência Senado

Brasília – O MDB não quer cargos e nem vai pedir nada ao governo, mas quer uma agenda econômica que possa negociar e votar no Congresso, disse o presidente do partido, Romero Jucá, ao sair de um encontro com o presidente Jair Bolsonaro.

“O MDB não quer ser base, queremos uma agenda”, disse Jucá. O ex-senador também não se comprometeu com o fechamento de questão para a reforma da Previdência. Apesar de apoiar o tema, o MDB vê algumas questões que precisam ser mais discutidas, como as mudanças nas regras do Benefício de Prestação Continuada (BPC), aposentadoria rural e o sistema de capitalização, explicou.

“O MDB estará unido na Câmara e no Senado. Teremos posições firmes, mas não discutimos fechar questão”, afirmou.

Relator – Ao chegar ao Palácio do Planalto para acompanhar as reuniões do presidente da República com dirigentes de partidos políticos, o deputado federal Marcelo Freitas (PSL-MG), relator da reforma da Previdência na Comissão de Constituição e Justiça da Câmara (CCJ), afirmou que a proposta será aprovada no colegiado.

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“Nós vamos passar na CCJ com certeza”, assegurou. Segundo ele, o relatório está quase pronto, terá entre 20 e 25 páginas, e será apresentado por ele na próxima terça-feira (9). A votação do texto deverá ocorrer na semana seguinte, no dia 17.

“Na verdade, o parecer estava bem finalizado, mas em face de alguns pontos que foram discutidos especialmente nessas duas últimas reuniões, ontem com o ministro Paulo Guedes e hoje com juristas, esse relatório vai ser acrescentado, para que a gente possa discutir todos os aspectos”, afirmou.

A CCJ da Câmara é a porta de entrada da reforma da Previdência no Legislativo. A comissão analisará se a proposta está em conformidade com a Constituição. Depois, o texto segue para discussão em comissão especial e, se aprovado, será votado pelo plenário.

Para ser aprovada, a medida precisa de apoio de dois terços dos deputados por se tratar de Proposta de Emenda à Constituição (PEC). Dessa forma, precisa ser aprovada por 308 deputados, em dois turnos de votação, para seguir para o Senado.

Marcelo Freitas voltou a dizer que manterá na íntegra o texto enviado pelo governo federal, sem as prováveis alterações nas novas regras propostas para o pagamento do BPC e na aposentadoria rural. Os dois itens, segundo o próprio presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), deverão ser excluídos pelos deputados ao longo da tramitação, já que não há consenso. (ABr/Reuters)

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