Empresariado está menos confiante no País

O Índice de Confiança do Empresário do Comércio (Icec), da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), alcançou 122,4 pontos percentuais em maio, acima da zona de satisfação (100 pontos), porém teve queda de 0,8% na comparação com abril e um avanço de 7,6%, ante maio do ano passado. Ainda assim, todos os componentes do Icec revelam uma situação mais favorável do que há um ano.
“Os dados apresentados demonstram uma melhoria quando comparados com mesmo período do ano anterior. Acreditamos que, com as reformas essenciais como a da Previdência, poderemos mudar esse quadro e diminuir a cautela dos empresários”, aponta o presidente da CNC, José Roberto Tadros
Diante desse cenário, a entidade reduziu de +5,4% para +4,9% sua previsão para as vendas este ano. A projeção vem gradativamente diminuindo desde os 6,0% calculados em janeiro.
Subíndices – Este mês, 52,7% dos varejistas consideram as condições atuais da economia, um dos subíndices do Icec, melhor do que há um ano – percentual menor do que o registrado há três meses (59,9%). Ainda assim, esse percentual se mostra maior do que o registrado em maio de 2018 (42,7%).
Já o subíndice que mede as perspectivas de melhora da atividade econômica para os próximos meses registrou a terceira queda mensal consecutiva (-2,1%). Mesmo assim, 92,2% dos entrevistados ainda mantêm o otimismo que, mesmo em alta, passa por um processo de redução gradativo (em fevereiro, por exemplo, o percentual era de 95,3%).
A avaliação dos investimentos nas empresas cresceu +0,7% este mês, mas o resultado somente repõe a queda de 0,6% registrada em abril. Já as perspectivas de contratação de funcionários e a avaliação do nível de estoques recuaram, respectivamente, 1,2% e 0,2%, de abril para maio. Do ponto de vista da contratação de funcionários, a CNC projeta saldo positivo de 105 mil postos de trabalho em todo o varejo. Se confirmado, esse será o maior quantitativo de vagas abertas no setor desde 2014 (154,4 mil).
Serviços – O Índice de Confiança de Serviços, medido pela Fundação Getulio Vargas (FGV), recuou 3,1 pontos de abril para maio. Essa foi a quarta queda consecutiva do indicador, que acumula perdas de 9,2 pontos. Com isso, o índice chegou a 89 pontos, em uma escala de zero a 200.
A queda da confiança do empresário foi observada em 12 das 13 atividades pesquisadas pela FGV. O Índice de Expectativas, que registra a confiança dos empresários no futuro, recuou 5,1 pontos, para 92 pontos.
O Índice da Situação Atual, que mede a confiança no momento presente, também caiu, mas de forma mais moderada (0,9 ponto), recuando para 86,3 pontos.
Segundo o pesquisador da FGV, Rodolpho Tobler, os empresários de serviços estão desconfortáveis com a situação do setor e se tornam cada vez menos otimista com a evolução dos negócios nos próximos meses. (Com informações da Agência Brasil).
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