Fiemg lança campanha em prol da aprovação da reforma da Previdência
A Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg) está lançando nesta semana a campanha em defesa da reforma da Previdência. Para a entidade, o avanço da proposta é cada dia mais urgente. Frear o avanço do déficit previdenciário permitirá que União, estados e municípios retomem sua capacidade de investimento em infraestrutura e de provimento de bens públicos de qualidade, permitindo alavancar o potencial de crescimento do País. No entendimento da indústria mineira, negligenciar o problema previdenciário atual pode levar o Brasil a uma situação de contração prolongada da atividade econômica, que será ainda mais grave em Minas Gerais.
“A aprovação da reforma da Previdência, o mais rápido possível, é a sinalização que investidores brasileiros e de todo o mundo esperam para voltar a escolher o Brasil e aqui implantar seus projetos que geram riqueza para o País e empregos crucialmente necessários diante dos nossos mais de 13 milhões de desempregados”, afirma o presidente da Fiemg, Flávio Roscoe.
Com menos recursos entrando do que saindo nos caixas públicos, o Estado precisa tomar recursos dos cidadãos e das empresas.
“Avança vorazmente sobre o bolso da população e das companhias, criando uma das maiores cargas tributárias do mundo e tornando-se maior do que a própria sociedade a quem deveria servir”, pontua Roscoe.
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Hoje, de toda a riqueza produzida no País, 33,7% (carga tributária) são gastos pelo governo, que ainda tem que refinanciar os pagamentos de juros da ordem de 6% do PIB, elevando continuamente a dívida pública, que já chega a 77,2% do PIB.
“O governo sempre gastou muito e sempre gastou muito mal. Isso é o que precisa mudar”, ressalta Roscoe.
Déficit atuarial – A situação, segundo a entidade, é insustentável. Hoje, o déficit atuarial – a diferença entre as estimativas de pagamento de benefícios previdenciários e as estimativas de contribuições ao sistema – é de duas vezes o PIB do País (a soma de tudo aquilo que se produz na economia) no ano.
Aproximadamente, a metade do déficit atuarial é referente aos regimes previdenciários do funcionalismo público. Economistas do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) estimam em 75% do PIB brasileiro o déficit atuarial dos regimes previdenciários estaduais. No âmbito federal, o déficit atuarial da previdência de funcionários públicos é de 12% do PIB e nos municípios esse percentual chega a 20% do PIB do País.
Sem a reforma da Previdência, o Brasil, cuja população envelhece em uma velocidade inédita para o País, terá que comprimir despesas com saúde e educação ou aumentar impostos para pagar aposentadorias e pensões.
Quando as pessoas se aposentam, a sociedade que está atualmente trabalhando passa a sustentar a gama de aposentados que existe no País. A conta não fecha. O rombo da Previdência atualmente é de R$ 300 bilhões por ano (2,3% do PIB). Se nada for feito em relação à Previdência, em um futuro próximo, o governo não terá dinheiro para pagar os aposentados.
Para que o governo possa continuar pagando as aposentadorias, é necessário diminuir o déficit da Previdência. Para a Fiemg, fazer a escolha pela reforma neste momento significa trabalhar para manter a Previdência sustentável e garantir a continuidade do sistema para as gerações futuras. (Com informações da Fiemg).
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