Balança comercial tem saldo de US$ 6,3 bi

O saldo da balança comercial de maio foi de US$ 6,3 bilhões, o que levou a um superávit acumulado no ano de US$ 22,1 bilhões. Em valor, as exportações cresceram 10% e as importações 12,9% em maio na comparação com o mesmo intervalo do ano passado. As informações são do Icomex, divulgado ontem pela Fundação Getulio Vargas.
Em relação ao acumulado do ano até maio, as exportações recuaram em 0,9% e as importações cresceram 1,8%, o que explica o menor superávit acumulado em 2019 em comparação com 2018 (US$ 24,2 bilhões).
De acordo com a FGV, o aumento nos valores exportados e importados na comparação mensal foi puxado pelo volume, pois a variação de preços foi negativa. Chama atenção, em especial, o crescimento de 27,5% no volume exportado pela indústria de transformação num cenário de queda nos volumes das vendas externas da agropecuária e da indústria extrativa. No caso das importações, a liderança coube ao setor extrativo, seguido da transformação e queda nas compras pelo setor agropecuário.
Mercados – A análise pelos principais mercados mostra que as exportações para os Estados Unidos aumentaram em 72% na comparação entre os meses de maio, enquanto caíram para a China e a Argentina. Observa-se que as exportações para a Argentina vêm registrando recuos desde o início do ano devido à crise econômica do país. Para a China, desde março as vendas desaceleram e/ou recuam e para os Estados Unidos aumentam.
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Na comparação entre o acumulado do ano até maio de 2018 e 2019, o crescimento das exportações para o mercado estadunidense foi de 20,8%, seguido da China (3,6%). Na Argentina, o terceiro principal mercado, as exportações recuaram em 41%. Apesar de menor dinamismo exportador para a China em comparação com os outros parceiros, a participação do país na pauta exportações do Brasil no período de janeiro a maio passou de 26% para 27% entre 2018 e 2019, ao percentual dos Estados Unidos cresceu de 11,1% para 13,6% e da Argentina caiu de 7,8% para 4,6%.
O desempenho das exportações para o mercado dos Estados Unidos ajuda a explicar a liderança do volume exportado das manufaturas no mês de maio, porém, não se pode afirmar se o comércio do setor de aviação e o siderúrgico irão manter o ritmo de crescimento.
De acordo com a FGV, o volume exportado pela indústria de transformação aumentou 27,5% e o das importações 16,9%. “Observa-se, porém, que as importações da indústria extrativa cresceram 24,1% e os volumes exportados e importados da agropecuária recuaram”, informou a instituição.
A melhora do desempenho exportador da indústria de transformação ainda não retirou da indústria extrativa a liderança no volume exportado na comparação do acumulado do ano até maio entre 2018 e 2019. As exportações da indústria extrativa aumentaram 17,1%, seguido da agropecuária (8,1%) e da indústria de transformação (0,5%). Nas importações, a ordem de crescimento dos setores é similar, primeiro extrativa (8,3%), seguido da agropecuária (6,5%) e da transformação (3,1%).
Os índices de volume por categoria de uso da indústria de transformação mostram aumento nas exportações de bens de capital (9,6%), não duráveis (6,3%), semiduráveis (26,3%) e intermediários (49,8%). Na comparação do acumulado até maio, bens de capital e os não duráveis caem, e os aumentos dos semiduráveis foi de 4,1% e dos intermediários foi de 11%. A queda nos volumes exportados de bens duráveis é explicada pela retração das vendas do setor automotivo para o mercado argentino.
O comportamento das importações da indústria de transformação por categoria de uso. Na comparação mensal, a liderança cabe aos bens de capital (39,2%), seguido dos bens intermediários e bens de consumo semiduráveis, ambos com percentuais ao redor de 18%. (Da Redação).
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