Cresce a desaprovação do governo Bolsonaro

São Paulo – O percentual daqueles que não confiam no presidente Jair Bolsonaro subiu 6 pontos, para 51%, apontou pesquisa CNI/Ibope ontem, que também mostrou elevação entre os que desaprovam a maneira do presidente governar para 48%, de 40% em abril, e entre os que consideram o governo ruim ou péssimo, de 27% para 32%.
A pesquisa, que tem margem de erro de 2 pontos percentuais e foi feita pelo Ibope para a Confederação Nacional da Indústria (CNI), mostrou que 32% dos entrevistados avaliam a gestão Bolsonaro como ótima ou boa, ante os 35% que pensavam dessa forma no levantamento anterior.
O percentual dos que apontam a gestão como regular oscilou 1 ponto para cima, a 32%, e o dos que não responderam foi de 3%, ante 7% na sondagem anterior.
Além disso, a pesquisa apontou queda na aprovação da forma de Bolsonaro governar, de 51% em abril para 46% agora, ao passo que 5% não souberam avaliar, ante 9% em abril.
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O levantamento também apontou queda na confiança em Bolsonaro. Em abril, 51% confiavam no presidente, agora são 46%. O percentual dos que não se posicionaram sobre a confiança em Bolsonaro é de 3%, ante 4% em abril.
A pesquisa também apontou as áreas do governo Bolsonaro com pior avaliação entre os entrevistados: impostos (61% de desaprovação contra 33% de aprovação), taxa de juros (59% contra 32%), saúde (56% contra 40%), combate ao desemprego (55% contra 41%) e educação (54% contra 42%).
Os setores com melhor avaliação são segurança pública (54% de aprovação contra 43% de desaprovação) e meio ambiente (46% contra 45%).
O combate à inflação foi aprovado por 45%, enquanto 49% desaprovaram, e o combate à fome e à pobreza foi aprovado por 43%, enquanto 51% desaprovaram.
A pesquisa ouviu 2 mil pessoas em 126 municípios entre os dias 20 e 26 deste mês.
G20 – Após desembarcar no Japão para reunião de cúpula do G20, Bolsonaro afirmou ontem que o Brasil não aceita mais ser advertido por outros países, e disse que o País tem exemplo a dar para a Alemanha, em resposta a comentário da chanceler alemã, Angela Merkel.
Questionado em entrevista coletiva na cidade japonesa de Osaka sobre comentários feitos na véspera por Merkel, que disse querer conversar com Bolsonaro sobre desmatamento, o presidente rebateu e disse que o país deveria aprender com o Brasil.
“A indústria deles continua sendo fóssil, de plástico, carvão, e a nossa não. Eles têm muito a aprender conosco”, disse Bolsonaro a jornalistas, acrescentando que o Brasil não aceita mais ser tratado como no passado.
“O presidente do Brasil que está aqui não é como alguns anteriores, (que) vieram aqui para ser advertidos por outros países. A situação aqui é de respeito para com o Brasil. Não aceitaremos tratamento como no passado”, afirmou.
Na cúpula do G20, Bolsonaro terá reuniões bilaterais com diversos líderes mundiais, incluindo o presidente chinês, Xi Jinping – será o primeiro encontro entre os dois, após Bolsonaro ter criticado a China durante a campanha eleitoral por estar “comprando” o Brasil
Bolsonaro mudou sua posição com relação ao maior parceiro comercial do Brasil desde que assumiu o cargo em janeiro e se encontrará com Xi por 40 minutos na manhã desta sexta-feira, antes do início da cúpula que reunirá os líderes das maiores economias do mundo em Osaka. (Reuters)
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