Ibovespa tem melhor segundo trimestre dos últimos dez anos

São Paulo – O Ibovespa acumulou no segundo trimestre o melhor desempenho percentual dos últimos dez anos, após quebrar recordes sucessivamente, endossado pelo cenário de juros menores nas principais economias do mundo, além de expectativas de andamento da pauta de reformas no Brasil.
Índice de referência do mercado acionário brasileiro, o Ibovespa subiu 0,24% na sexta-feira (28), a 100.967,20 pontos. O volume financeiro somou R$ 14,9 bilhões. Na semana, o Ibovespa caiu 1,03%, mas acumulou no mês alta de 4,06% e encerrou o segundo trimestre com valorização de 5,82%. Há dez anos, o ganho acumulado do segundo trimestre foi de 25,75%. Em 2019, o ganho alcança 14,88%.
“Após a recente mudança de orientação dos principais bancos centrais, pensamos que uma janela de oportunidade foi criada e deve ser aproveitada por qualquer economia emergente que deseje construir um futuro mais estável para seu povo”, destacou o estrategista Ronaldo Patah, do UBS no Brasil.
Durante o mês, tanto o Federal Reserve, o banco central dos Estados Unidos, como o Banco Central Europeu (BCE) adotaram discursos com tom dovish para os juros dado o cenário e atividade econômica mais lenta em suas regiões, gerando expectativa de potencial fluxo de recursos a emergentes.
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Na visão de Patah, do ponto de vista doméstico, a reforma da Previdência será aprovada no País, nos próximos dois meses, com um impacto robusto nas despesas do governo nos próximos dez anos, permitindo que a agenda pública avance, com andamento de outras pautas relevantes à economia brasileira.
Dólar – A moeda norte-americana também avançou na sexta-feira, mas acumulou ao longo de junho a maior queda para o mês em três anos, na esteira de uma maior confiança na aprovação da reforma da Previdência e da expectativa de aumento de liquidez no mundo a partir de cenário de cortes de juros nos Estados Unidos.
O dólar à vista fechou em alta de 0,21%, a R$ 3,841 na venda. Na semana, a cotação ganhou 0,45%. Mas o dólar cedeu 2,13% em junho – primeira e maior queda mensal desde janeiro (-5,57%). Para meses de junho, é a maior baixa desde 2016 (-11,05%). No segundo trimestre, o dólar acumulou depreciação de 1,90%. Na primeira metade do ano, a baixa foi de 0,87%. (Reuters)
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