Empresas buscam adaptação a reforma trabalhista

Uma pesquisa realizada pela consultoria PwC Brasil revela que muitas empresas estão atentas às mudanças da reforma trabalhista, mas nem todas demonstram providências para aplicá-las, ou seja, apresentam poucos resultados.
A pesquisa foi realizada em cerca de 170 empresas de diversos segmentos da economia e considerou as 15 principais alterações trazidas pela legislação. Foram abordados temas como tempo à disposição, banco de horas, regime de tempo parcial, home office, entre outras alterações nos dispositivos da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT).
Segundo o sócio e líder de Consultoria Tributária e Societária da PwC Brasil, Durval Portela, considerando a segurança que a nova legislação pode proporcionar, há uma gama enorme de alterações que podem ser tratadas de imediato.
“O melhor caminho a ser seguido é o que explora todas as oportunidades trazidas pela reforma trabalhista, buscando reduzir custos de folhas de pagamentos, flexibilizar jornadas de trabalho, negociar com sindicatos e aumentar, como consequência, a produtividade e a competitividade das empresas”, destaca.
O objetivo do diagnóstico é ajudar as organizações a evoluir no processo de adaptação às novas regras. De acordo com os participantes da pesquisa, as mudanças na legislação que representam maior impacto para suas empresas se referem à ampliação da negociação com os sindicatos, tributação dos prêmios, planos de cargos e salários e instituição do banco de horas com periodicidade de compensação. Os temas com menor reflexo são aqueles que tratam do trabalho em regime parcial e do trabalho de gestantes em locais insalubres e durante o período de amamentação.
A pesquisa apontou semelhanças entre os principais gaps identificados nas respostas dos líderes e dos especialistas das empresas. A principal diferença está relacionada aos prêmios, que têm mais impacto na opinião dos líderes do que dos especialistas.
“As oportunidades para as empresas são muitas. A discussão de alguns dos temas, inclusive, deve contar com a participação não apenas da liderança, mas também dos empregados, e as ações conjuntas têm potencial para mudar paradigmas, rotinas e culturas”, comenta. (Da Redação)
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